segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Moçambique – Sofala: Falta de água potável afecta 594.436 pessoas





Carvalho Muária diz que há esforços para minimizar a situação

Um total de 594.436 cidadãos não têm acesso à água potável na província de Sofala, porque o número de fontes, calculadas em 1.776 unidades, não cobre os 1.857.611 habitantes desta parcela do país, que tem uma taxa de cobertura de 68 por cento. O abastecimento aquém das necessidades empurra os que não têm acesso para as fontes de água imprópria para o consumo. Neste caso, os rios e lagoas constituem alternativa, sendo que as mulheres são as que mais sofrem desta situação.

Estima-se que em Sofala existam 954.633 mulheres, grande parte das quais vive nas zonas rurais, onde, tradicionalmente, esta camada é que deve garantir o abastecimento de água à família. Os homens são em número de 902.978, de acordo com dados na posse da nossa Reportagem.

Ao fazer o balanço de 2011 findo, o governador de Sofala, Carvalho Muária, revelou que nesse período foram abertas 196 fontes de água. A sua instalação nos 12 distritos, excluindo a cidade da Beira, insere-se nos esforços do Executivo para a minimização da crise deste precioso líquido, conforme anotou.

“Reconhecemos que ainda não abastecemos a todos os habitantes, mas cada ano temos um lote de fontes que abrimos para redução do nível de procura nas comunidades. Por isso, temos a fé de que, gradualmente, vamos minimizando a crise de água na nossa província, tanto mais que a taxa de cobertura tem vindo a subir e estamos actualmente nos 68 por cento” – assegurou o governador de Sofala.

“NYUMBA YADIDI OU YAUSHONI”

Sofala está cada vez mais a avançar com o seu projecto de construção de casas melhoradas, usando material misto, denominado por “Nyumba Yadidi”, na língua Sena, e “Nyumba Yaushoni”, em Ndau.

Com efeito, foram construídas já 1.051 habitações consideradas condignas, se comparadas com as anteriores ocupadas por cidadãos nas zonas rurais. Para Muária, é gratificante ver as pessoas a viverem em condições habitacionais razoáveis, porque ficam menos expostas a várias intempéries e, logo, menos doenças, o que lhes possibilita trabalhar mais para mudar o seu estado de vida.

O balanço do governador Carvalho Muária aponta ainda terem sido demarcados 4.471 talhões não infra-estruturados, em diferentes distritos. “São locais que serão ocupados por cidadãos interessados em erguer as suas infra-estruturas” – disse.

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