domingo, 19 de fevereiro de 2012

Angola: MULHERES EM FORÇA DURANTE AS ELEIÇÕES




Yara Simão e António Capitão, Negage - Jornal de Angola - Foto de Filipe Botelho

A secretária-geral da OMA pediu ontem, no Negage, na abertura das comemorações do 50º aniversário daquela organização, uma participação em massa das mulheres nas eleições gerais deste ano para garantir a vitória do MPLA.

“Devemos continuar a sensibilizar e mobilizar as mulheres nos municípios, nas lavras e nas aldeias sobre a importância da sua participação no processo eleitoral”, disse Luzia Inglês, que recordou o percurso da OMA na Luta de Libertação Nacional, que culminou com a independência, em 11 de Novembro de 1975.

A actuação das mulheres no processo revolucionário começou na luta contra o colonialismo, quer de forma individual, quer organizadas em grupos de resistência, referiu e citou os casos de Deolinda Rodrigues, Irene Cohen, Engrácia dos Santos, Teresa Afonso e Lucrécia Paím.

Consolidação da democracia

Luzia Inglês, que também lembrou os desafios que o país tem pela frente, sobretudo os da consolidação da democracia e das metas do desenvolvimento social e económico, pediu às famílias que sejam tolerantes, dialoguem mais e se respeitem.

Um dos desafios, disse, é trabalhar na defesa da efectiva emancipação da mulher para garantir a igualdade de direitos e de oportunidades na educação, no emprego e na vida política, económica, social e cultural.

A secretária-geral da OMA visitou o Centro de Idosos, a secção pediátrica do Hospital Provincial do Uíge, onde entregou bens alimentares, roupas e brinquedos e teve um encontro com elementos do secretariado provincial da organização. No Negage, visitou o Instituto Médio Agrário, o Centro Materno Infantil, a feira agro-pecuária, a escola Deolinda Rodrigues e Centro de Alfabetização.

Homenagem às heroínas

Na mensagem lida pela secretária provincial da OMA no Uíge, Nazaré dos Anjos, na sessão comemorativa do aniversário daquela organização, foram salientadas a coragem e determinação de muitas mulheres na luta contra o domínio colonial português.

Os exemplos de Deolinda Rodrigues, Teresa Afonso, Irene Cohen, Engrácia dos Santos, Lucrécia Paím foram outra vez citados como incentivos às mulheres face aos novos desafios da OMA.

As militantes da OMA, diz a mensagem, estão empenhadas em várias acções que levem as pessoas a participarem no processo de registo eleitoral, na luta contra a violência doméstica e na erradicação do analfabetismo. O secretário provincial da JMPLA salientou, na mesma sessão, o contributo das mulheres, sobretudo as militantes da OMA na solução de vários problemas. Garcia Zo prometeu que a JMPLA vai continuar a promover acções conjuntas com a OMA para o MPLA vencer as eleições gerais deste ano.

As comemorações do aniversário da Organização da Mulher Angolana decorrem sob o lema “OMA- 50 anos de luta pela efectiva emancipação da mulher”.

Várias actividades para assinalar a data decorrem em todo o país até final do ano em curso.

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