RBV - Lusa
Pequim, 10 fev (Lusa) -- As autoridades chinesas condenaram o ativista pró-democracia Zhu Yufu a sete anos de prisão, por incitamento à subversão, disse hoje a mulher, antes de uma visita do vice-presidente chinês, Xi Jinping, aos Estados Unidos.
O tribunal intermédio da cidade de Hangzhou, leste do país, condenou Zhu por ter reunido donativos para apoiar famílias de dissidentes presos, por ter publicado na Internet um poema a apelar à população para exigir mais liberdade e por dar entrevistas a meios de comunicação social, de acordo com grupos de defesa dos Direitos Humanos.
"O meu marido foi condenado a sete anos por apelar à subversão. Estou muito surpreendida com a duração da sentença, é muito injusta", disse a mulher de Zhu, Jiang Hangli, citada pela agência noticiosa France Presse.
Zhu Yufu é o quarto ativista que os tribunais chineses condenam a penas prolongadas no espaço de sete semanas, quando a China se prepara para mudanças na liderança máxima, que só acontecem uma vez a cada dez anos e antes da visita, no início da próxima semana, do vice-presidente Xi Jinping aos Estados Unidos.
O dissidente já tinha sido detido no ano passado, na sequência de vários de apelos anónimos na Internet para a realização de protestos pró-democracia, semelhantes aos que iniciaram a «primavera árabe», onda de manifestações pró-democracia que varreu os países árabes e que começou no final de 2010.
Zhu passou grande parte da década passada na prisão, tendo estado preso entre 1999 e 2006, por ter criado uma polémica revista política, e depois mais dois anos entre 2007 e 2009 por enfrentar um polícia que interrogava o filho do dissidente.
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