sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A IMPARÁVEL LOUCURA E MACARTISMO DE CAÇA ÀS BRUXAS NOS EUA




Dirigentes com a consciência pesada é aquilo que se pode deduzir sobre os EUA com a implementação de medidas - ditas de segurança - extremas, inconcebiveis, violadoras dos direitos humanos e das liberdades dos cidadãos nacionais e estrangeiros. Os maquiavélicos instalados nos poderes políticos, policiais e militares norte-americanos lá sabem o mal que vão fazendo pelo mundo com as suas ações criminosas de império da ganância e do mal.

O pior é que são os cidadãos comuns norte-americanos que morrem e sofrem devido a tais políticas e ações. Paga o justo pelo pecador, o que está errado. Assim aconteceu em 11 de Setembro no WTC e assim vai todos os dias acontecendo aos norte-americanos soldados temporários que perecem em teatro das guerras que os EUA mantêm um pouco por todo o mundo. Trama-se o mexilhão, o povinho, por via de uns quantos loucos, assassinos, gananciosos e mal formados que detêm os vários poderes. Os EUA de democracia têm cada vez menos, a estátua da liberdade que se sobrepõem em Nova Iorque é imerecida e devia ser apeada naquela nação de criminosos globais, indignos da história libertária da sua Pátria.

Toda esta retórica para fazer introdução à “história” que se segue, publicada no Público e em muitas outras publicações, em vários idiomas. O ridículo, a violação de direitos da humanidade (o humor), a loucura, os medos, as consciências pesadas estão retratados no artigo que se segue. Sem mais palavras. Não viajem para os EUA. Isolem-nos. Que os dos topos vivam as suas paranóias entre eles até que o povo norte-americano se canse e os derrube, assim como aos seus fundamentalismos. Reconquistando a democracia, a liberdade que tantos julgavam viver-se nos EUA. Mas não, vê-se bem aqui, a seguir. (Redação PG)

Detidos no aeroporto
Piada no Twitter leva dois turistas britânicos para a cadeia nos Estados Unidos

Alexandre Martins – Público

Se está a pensar em visitar os Estados Unidos nos próximos tempos, pense duas vezes antes de fazer piadas no Twitter, principalmente se as tiver ouvido na série norte-americana “Family Guy”. Leigh Van Bryan e a sua amiga Emily Banting, ambos residentes em Inglaterra, não seguiram este conselho e tiveram uma recepção pouco calorosa: foram detidos por guardas armados no principal aeroporto de Los Angeles, interrogados durante cinco horas e metidos numa cela durante 12 horas, ao lado de traficantes de droga mexicanos.

"3 weeks today, we're totally in LA pissing people off on Hollywood Blvd and diggin' Marilyn Monroe up" ("Daqui a três semanas vamos estar em LA a chatear toda a gente na Hollywood Boulevard e a desenterrar a Marilyn Monroe").

Quando o jovem irlandês Leigh Van Bryan, de 26 anos, enviou este tweet a uma das suas amigas, estava longe de pensar que o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos se interessava pelas suas actividades. Mas a verdade é que a frase – que van Bryan diz ser uma referência a um episódio da série de animação “Family Guy” – não escapou às malhas do controlo informático pós-11 de Setembro, que vasculha activamente a Web à procura de expressões que possam comprometer a segurança do país.

Mas não foi este o único tweet que fez levantar os sobrolhos dos funcionários que tentam impedir a entrada de terroristas nos Estados Unidos. Para além da intenção de revolver a campa da antiga estrela de Hollywood, o incauto irlandês ameaçou também destruir os Estados Unidos. Pelo menos foi isso que as autoridades leram noutro tweet de Leigh Van Bryan: "free this week for a quick gossip/prep before I go and destroy America? X" ("estás livre esta semana para coscuvilhar antes de eu ir destruir a América? X"

Mal chegaram ao Aeroporto Internacional de Los Angeles, van Bryan e a sua amiga Emily Banting, uma jovem de 24 anos residente em Birmingham, ainda tiveram tempo para explicar às autoridades que a palavra inglesa “destroy”, usada naquele contexto, era calão para “festejar” e que “diggin' Marilyn Monroe up” era uma piada da série “Family Guy”, mas estes argumentos não lhes valeram de nada.

“Eu nem queria acreditar, porque aquilo era uma citação da série cómica ‘Family Guy’, que é norte-americana”, disse Leigh Van Bryan ao jornal britânico “Daily Mail”.

Segundo este gerente de um bar em Coventry, os agentes do Departamento de Segurança Interna vasculharam as suas malas em busca de pás, sob a suspeita de que a amiga Emily Blanting ficaria de vigia enquanto ele iria vandalizar a campa de Marilyn Monroe.

“Eles perguntaram-nos porque tínhamos a intenção de destruir a América e nós tentámos explicar que queríamos apenas dizer que íamos beber uns copos e curtir. Quase desatei às gargalhadas quando me perguntaram se eu ia ser a vigia do Leigh enquanto ele exumava os restos mortais de Marilyn Monroe”, contou Emily Blanting.

Depois de interrogados por suspeita de planearem praticar actos terroristas, e já algemados, passaram 12 horas em celas separadas, onde van Bryan foi novamente levado a perceber até que ponto a vontade de "curtir" e o sentido de humor podem custar caro: “Quando chegámos à prisão fui posto numa cela sozinho, mas uma hora mais tarde chegaram dois mexicanos enormes cobertos de tatuagens, que começaram a perguntar-me quem é que eu era. Disseram-me que tinham sido detidos por terem traficado cocaína para os Estados Unidos. Quando a comida chegou, eles ficaram com quase tudo e deixaram-me apenas um pacote de sumo de maçã”.

Depois de ter assinado um documento em que assumiu a responsabilidade pela publicação dos dois tweets, Leigh Van Bryan foi colocado num avião com destino a Birmingham, em Inglaterra, juntamente com a sua amiga, sem nunca terem tido a hipótese de “destruir” os Estados Unidos.

Ouvido pela BBC, um representante da Associação dos Agentes de Viagem Britânicos alertou todos os turistas para os perigos das mensagens que publicam nas redes sociais: “Já houve casos de turistas que foram barrados pela segurança nos aeroportos por fazerem piadas com bombas. Foram interrogados e acabaram por perder os seus voos, numa demonstração de que eles não têm sentido de humor quando são confrontados com potenciais riscos”.

Também em Inglaterra as piadas podem ter consequências graves. Por exemplo, em Novembro de 2010, o cidadão britânico Paul Chambers foi multado em 385 libras (460 euros), mais 2600 libras (3100 euros) em custas processuais, após ter perdido um recurso, por ter escrito no Twitter que iria fazer explodir o Aeroporto Robin Hood, em Doncaster, se a pista não estivesse livre de neve quando fosse visitar a sua namorada. Chambers passou um mau bocado – chegou a defender-se publicamente no site do jornal The Guardian –, mas não chegou a desembolsar a quantia estipulada pelo tribunal, já que o actor Stephen Fry ofereceu-se para pagar a multa.

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