Margarida Bon de Sousa – i online
Pinto Ribeiro foi impedido de trabalhar em Moçambique por ter maltratado trabalhadores do Moza Banco, o parceiro do banco de Ricardo Salgado naquele país africano
“Porra, pretos de merda, vocês não sabem nada, seus amadores, incompetentes, vocês não têm perfil para trabalhar neste Banco, eu aqui mando, vão para a rua”. Esta frase, reiteradamente proferida por José Alexandre Maganinho Pinto Ribeiro ao longo de meses, acabou por ser fatal ao administrador português do Moza Banco, parceiro do grupo BES em Moçambique, e custar--lhe quer o lugar no banco quer o direito de trabalhar naquele país africano de expressão portuguesa.
Pinto Ribeiro foi “convidado” a deixar Maputo pelo executivo liderado por Guebuza por maus tratos aos seus subordinados e com base na violação do princípio do “direito à honra, bom nome e integridade moral” bem como do “direito ao trabalho” emanado da Constituição moçambicana.
Segundo um despacho da ministra do Trabalho, Maria Helena Taípo, a que o i teve acesso, datado de 18 de Janeiro, ao “trabalhador estrangeiro”, como é designado Pinto Ribeiro no documento oficial, “foi-lhe proibido, com efeitos imediatos, o exercício do direito ao trabalho” na República de Moçambique “em virtude do respectivo comportamento na relação com os trabalhadores violar os princípios plasmados” na lei fundamental moçambicana.
O comportamento do administrador do Moza Banco foi denunciado por vários trabalhadores da instituição parceira do banco de Ricardo Salgado, tendo desencadeado uma acção inspectiva por parte da Direcção do Trabalho de Maputo. Na sequência desta fiscalização, os inspectores constataram que “os trabalhadores têm sofrido maus tratos perpetrados pelo trabalhador estrangeiro”.
Ainda segundo o despacho, os colaboradores do banco eram sistematicamente obrigados a trabalhar até às duas horas da madrugada, “sem direito a descanso nem remuneração”. Enquanto isto, José Alexandre Pinto Ribeiro insultava-os, berrando-lhes várias palavras ofensivas que a ministra do Trabalho fez questão de reproduzir no documento que fundamenta a sua proibição de continuar a trabalhar no país.
Após a saída do administrador, no mês passado, alguns dos trabalhadores moçambicanos entretanto afastados do quadro da direcção, “visando a integração de estrangeiros” foram reconduzidos.
Em comunicado emitido no seu site, o banco reconhece que foi notificado por algumas irregularidades laborais detectadas no âmbito da inspecção levada a cabo pelo Ministério do Trabalho. E informa que estão a ser tomadas medidas legais adequadas, em fóruns competentes, tendo em vista a defesa dos interesses da instituição. Mas garante que a notificação em nada afecta o seu normal funcionamento nem o processo de expansão e modernização em curso, que passa pela abertura de novas agências em todo o território.
3 comentários:
Um homem do "apartheid".
O José Alexandre Maganinho Pinto Ribeiro é um bom elemento para migrar para Israel: lá até muros grandes, com guardas e arame farpado, separam os "brancos" dos palestinos!
Bom sítio para ele "abancar"!
Este fulano não tem escrúpulos , os " carneiros " que o rodeiam sao uns covardes e uns incompetentes como ele , vivem das suas esmolas e de promessas falsas , a ministra moçambicana mostrou-lhe com quantos paus se faz uma canoua , só tem aquilo que merece , foi pena não ter sido enrrabado por um preto , agora só lhe resta limpar cacetes em Portugal ......
... Para Israel?...
Não me admiraria nada que essa desgraça feita homem vá parar a Angola, para se juntar a outros seus iguais que para lá vão!
O BES está a construir uma nova sede, situada muito próximo do palácio e esse tipo de "chicos espertos" são sempre benvindos...
SERVEM: são mais fieis que os cães!
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