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Nova Iorque, 23 fev (Lusa) - Cinco anos após pedir o envio de uma missão de paz, o presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, foi na quarta-feira ao Conselho de Segurança agradecer a ajuda e "partilhar boas notícias" com diplomatas ultimamente mais habituados a conflitos.
"Hoje estamos no bom caminho, com progressos registados. É agradável para o secretário-geral [da ONU, Ban Ki-moon], para os membros do Conselho de Segurança e outros países amigos partilhar essas boas notícias para os quais todos contribuíram", disse à Lusa após a reunião.
Após um briefing da representante especial da ONU, Ameerah Haq, as várias intervenções de membros do Conselho de Segurança foram sobretudo de congratulações pelos progressos no país, e com o embaixador de Portugal, Moraes Cabral a sublinhar que o país é já um "caso de sucesso" na história das missões de paz da ONU.
A Portugal, juntamente com os outros países que contribuíram para a missão de paz e até a Indonésia, ex-invasora e hoje vizinha em paz, ficaram agradecimentos em nome do povo timorense pela ajuda prestada.
Com eleições no verão, a par das comemorações do 10.º aniversário da independência, Ramos-Horta sublinhou no Conselho de Segurança a melhoria dos indicadores económicos e sociais do país e a consolidação da democracia nos últimos anos.
"Vim aqui há cinco anos atrás pedir, num cenário bastante triste e dramático, uma nova missão de paz da ONU em Timor-Leste, e hoje regresso mais para partilhar boas notícias com um Conselho de Segurança que enfrenta todos dias situações extremamente difíceis noutros pontos do mundo", adiantou.
Ponto central dos contactos em Nova Iorque foi a presença da ONU no país para além de 2012, para quando está prevista a retirada da missão, UNMIT.
"Tenho certeza que haverá uma missão a seguir dezembro, mas será uma missão politica, não de paz", adiantou o presidente timorense.
Na quinta-feira, o mandato da UNMIT será estendido de fevereiro até dezembro de 2012, a última renovação da única missão de paz da ONU num país lusófono.
Ramos-Horta deslocou-se a Nova Iorque acompanhado pela ministra das Finanças, Emília Pires, pelo ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros, Alberto Carlos, entre outros responsáveis timorenses.
Após mais uma ronda de contactos na ONU, Ramos-Horta mostrava-se também satisfeito com as negociações em torno do financiamento de projetos de agências especializadas da ONU que estão em Timor-Leste e que vão continuar para além de 2012.
"O financiamento [destas agências] depende dos doadores, nós ajudámo-los a conseguir esse financiamento para conseguir executar programas em Timor. Do lado de Timor, temos o privilégio de termos recursos nossos, do petróleo e gás, que nos tornam totalmente autossuficientes em matéria de financiamento do Orçamento", adiantou.
Em causa estão 34 projetos de agências da ONU, avaliados em 75 milhões de dólares.
"É um financiamento muito modesto, creio que não haverá dificuldades em ser financiados. O acolhimento [dos doadores] foi muito positivo", disse o presidente timorense.
1 comentário:
Oh Sr. Presidente,
Que cara de contentamento, mais uma vitória da formiguinha contra o elefante, os meus parabéns. 5 anos de lutas e batalhas, mas Timor está diferente, já não cheira a queimado e as pedradas pararam.
Mas não havia necessidade, aqui a Lucrécia poderia-lhe oferecer umas lâminas para a barba, ficaria ainda mais bonito na fotografia.
Beijinhos da Querida Lucrécia nessa cara laroca
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