domingo, 19 de fevereiro de 2012

PR Horta em Nova Iorque para participar no Conselho de Segurança da ONU sobre país



MSE - Lusa

Díli, 19 fev (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, partiu hoje para os Estados Unidos para participar no Conselho de Segurança da ONU sobre a Missão Integrada das Nações Unidas para o país, que vai decorrer na quarta e quinta-feira.

"A minha intervenção vai ser uma intervenção de otimismo", disse à agência Lusa José Ramos-Horta, que discursa na quarta-feira.

Segundo o chefe de Estado timorense, em 2006, no início da crise no país, dirigiu-se ao Conselho de Segurança da ONU com tristeza para "intervir e ajudar a restaurar a tranquilidade em Timor-Leste".

"Não foi uma experiência agradável. Hoje regresso como chefe de Estado, nas últimas semanas do meu mandato, com muito orgulho e alegria de poder partilhar com o Conselho de Segurança muito melhores notícias sobre Timor-Leste e agradecer à comunidade internacional", afirmou.

O Presidente disse que no discurso vai agradecer, especialmente, a Portugal, Austrália e Malásia, pela prontidão da resposta pedida em 2006, na sequência de uma crise política e de segurança.

"Quase um ano depois da crise em Timor-Leste é que a ONU pode acionar no terreno um número grande polícias, sabendo isso é que decidimos fazer acordos bilaterais com Portugal, Austrália, Malásia e Nova Zelândia e vieram com prontidão", recordou.

O último relatório do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre Timor-Leste refere que é esperado que o país permaneça estável em 2012, mas salienta que as eleições deste ano podem vir a provocar tensão entre indivíduos e grupos.

No documento, Ban Ki-Moon salienta que foram feitos progressos nos preparativos das eleições presidenciais e legislativas de 2012 e é "encorajador que todos os líderes políticos tenham continuado a expressar o compromisso com a paz e a estabilidade durante o processo eleitoral".

"Portanto, espera-se que a estabilidade geral que prevaleceu em 2011 continue em 2012, ano que marca o 10.º aniversário da restauração da independência de Timor-Leste", refere no documento.

Para Ban Ki-Moon, as "próximas eleições podem, contudo, reavivar tensões localizadas entre indivíduos e grupos, incluindo os de artes marciais, e pôr à prova a capacidade da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) para dar resposta aos problemas de segurança".

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