MSE(SBR) - Lusa
O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, lamentou hoje a morte de João Carrascalão, na sexta-feira em Díli, sublinhando que a vida nos prega partidas.
"A vida é assim, prega-nos partidas. As nossas vidas estão sempre presas por um fio", afirmou o chefe de Estado timorense.
Segundo José Ramos-Horta, João Carrascalão foi vítima de uma paragem cardíaca, depois de ter estado num jantar de aniversário com amigos.
"Ele que partiu deixou todas as felicidades e amarguras na terra, nós, os que ficamos ainda no reino dos vivos, sofremos a partida dele", disse o chefe de Estado timorense, cuja uma das irmãs era casada com João Carrascalão.
Para José Ramos-Horta, milhares de timorenses vão sentir a falta de João Carrascalão.
Líder histórico da União Democrática Timorense (UDT), João Carrascalão era atualmente o embaixador de Timor-Leste em Seul (Coreia do Sul), cargo que exercia desde 2009.
João Viegas Carrascalão fundou e dirigiu a UDT - primeiro partido a ser criado em Timor-Leste após 1974 e o fim do domínio colonial português - durante muitos anos. Era desde 1993 o presidente do Conselho Superior Político, órgão responsável pela direção política do partido, pela execução da estratégia traçada pelo Congresso e pela fiscalização política das atividades de todos os órgãos da UDT.
Foi candidato às eleições presidenciais de 2007, mas ficou-se pelos 1,72 por cento dos votos, em último lugar, tendo apoiado José Ramos-Horta na segunda volta.
João Carrascalão estudou Topografia em Luanda (Angola) e especializou-se em Cartografia na Suíça. Ainda durante a administração portuguesa, dirigiu o Departamento de Geografia. Foi responsável pelas Infraestruturas na administração transitória das Nações Unidas em Timor-Leste, que se seguiu ao referendo de 1999.
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