EL - Lusa
Luanda, 21 mar (Lusa) - A cimeira das Nações Unidas sobre o ambiente, a realizar em junho no Rio de Janeiro, deverá produzir "um documento político que assegure um impulso renovado ao desenvolvimento sustentável", defenderam hoje em Luanda os ministros do Ambiente lusófonos.
A resolução consta da Declaração de Luanda, documento que sumariza o ponto de vista da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) sobre a cimeira Rio+20.
No final dos trabalhos, a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território de Portugal, Assunção Cristas, salientou à Lusa a continuidade da partilha de pontos de vista no espaço lusófono, que pode representar um exemplo para a comunidade internacional.
"Tudo o que signifique juntar países com experiências diferentes, com estados de desenvolvimento diferentes, mas com objetivos comuns, e no caso com um grande ponto em comum que é a língua, é muito positivo", disse a governante portuguesa.
A Declaração de Luanda destaca, designadamente, que a cimeira Rio+20 "deverá concentrar-se no reforço da coerência e das ligações entre as dimensões ambiental, económica e social do desenvolvimento sustentável e contribuir para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio".
"É uma posição comum (da CPLP) que começa a ser uma tradição. Já tivemos em Durban (anterior cimeira da ONU sobre o Ambiente, em dezembro de 2011). É a CPLP a afirmar-se como espaço de diálogo privilegiado, com países com vários níveis de desenvolvimento", considerou Assunção Cristas.
"O facto de nos entendermos bem e termos uma posição conjunta, que apela ao reforço e a um maior fundo do desenvolvimento económico sustentável, com uma lógica de crescimento económico verde e inclusivo, de combate à pobreza, de dinamização de uma economia azul, de economia de mar sustentável, penso que é muito positivo", acentuou.
Na Declaração de Luanda, os ministros do Ambiente da CPLP anunciam ainda que vão apresentar no Rio de Janeiro exemplos das "boas práticas" em matéria de ambiente e remetem para de 02 a 04 de maio, em Cabo Verde, uma última reunião de concertação para o Rio de Janeiro.
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