Rádio Moçambique - AIM (mz)
O SG da Organização da Juventude moçambicana, Basílio Muhate, queixou-se do facto de os presidentes dos municípios só conhecerem a juventude em tempos eleitorais, “onde tudo prometem mas que depois nada cumprem”.
“Estão a porta as eleições, já veremos alguns dentes! Mas basta!”, afirmou Muhate, discursando na III Sessão Ordinária do Comité Central da OJM, terminada Sábado último, na cidade da Matola, Sul do país, e cuja sessão de abertura foi dirigida, Sexta-feira, pelo Presidente da Frelimo, o partido no poder em Moçambique, Armando Guebuza.
“Estão a porta as eleições, já veremos alguns dentes! Mas basta!”, afirmou Muhate, discursando na III Sessão Ordinária do Comité Central da OJM, terminada Sábado último, na cidade da Matola, Sul do país, e cuja sessão de abertura foi dirigida, Sexta-feira, pelo Presidente da Frelimo, o partido no poder em Moçambique, Armando Guebuza.
Muhate, que não avançou nenhum caso especifico, sublinhou que “a Juventude queixa-se de que os nossos presidentes dos municípios só nos conhecem em tempos de campanha, onde tudo prometem e no fim se refugiam na burocracia e na falta de tempo e quando a pressão aumenta não hesitam em mostrar actos intimidatórios e de desprezo”.
Naquela ocasião, a fonte disse que a juventude não está alheia à governação.
“Por um lado estamos satisfeitos com os esforços do governo no combate à pobreza, mas também inquieta-nos a má execução de certas políticas, como a da habitação, em que na prática são negados aos jovens a concessão de Direitos de Uso e Aproveitamento de Terras”, afirmou o Secretario Geral daquela organização de massas do partido Frelimo.
A AIM soube ainda que o desemprego é outro dos problemas que aflige a OJM.
De acordo com Muhate, “apesar de vermos com bons olhos os ventos de empreendedorismo, assistimos a uma estranha tendência de exclusão dos nossos jovens quadros, nacionais, em áreas do seu domínio por cidadãos estrangeiros”.
Para aquele líder juvenil, começa a ficar grave o cenário pois “vemos cozinheiros, caixas e canalizadores importados do estrangeiro”.
“Será que não os temos cá?”, questionou, explicando que “não somos xenófobos ou racistas porque acreditamos que na vivência dos seres se trocam experiências, mas também acreditamos que não devemos ser preteridos no que sabemos e podemos fazer”.
Muhate alertou, por outro lado, contra o facto de certas questões poderem trazer constrangimentos futuros e de dimensões imprevisíveis, tal como o “boom” energético e mineiro que o país está a conhecer nos últimos tempos.
“Assistimos nos últimos tempos a um crescimento de entusiasmo por força do boom energético e mineiro que o país conhece, o que traz uma natural alegria para todos nós, porque cremos que poderá ser um tónico para o nosso desenvolvimento e um estímulo para o aumento da produção. Contudo, sabemos que esse advento cria expectativas justas e nalguns casos injustas e desmedidas de pessoas que vêm no petróleo, gás e diversos minérios, um garante de uma vida exorbitante e que preterem o trabalho”, disse Basílio Muhate.
Ele pediu para que a informação sobre esse ‘boom’ seja difundida de modo massivo para acabar com as ‘desmedidas’ expectativas e para que a legislação e as negociações atinentes a sua exploração sejam bem pensadas e ponderadas de modo a se ganhar uma exploração sustentável e que propicie reais ganhos para o laborioso povo moçambicano.
O Secretario Geral da OJM manifestou ainda preocupação pela crescente ocorrência de casos de nepotismo.
“Somos contra o nepotismo e as suas variáveis formas de manifestação, exortamos assim para que as diversas oportunidades sejam distribuídas sempre na busca do equilíbrio e da justiça social no seio do povo de modo a que não minemos e periguemos aquela que é uma das nossas riquezas: a unidade nacional”, frisou Basílio Muhate.
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