TSF, com áudio
José Rebelo, professor universitário e ex-jornalista no Le Monde, diz que para vencer Sarkozy tem de piscar o olho à direita, embora existam eleitores que teimam em não se deixar apanhar.
Nas eleições francesas, François Hollande confirmou o estatuto de favorito e teve mais votos do que Nicolas Sarkozy. Marine Le Pen foi a terceira mais votada e conseguiu o melhor resultado de sempre da Frente Nacional, da extrema-direita.
Na análise a estes resultados, José Rebelo, professor universitário e antigo jornalista do jornal Le Monde, considera que «Sarkozy vai tentar recorrendo a todos os argumentos mobilizar o mais possível o eleitorado de Le Pen, embora por aquilo que se conhece das eleições anteriores, haja sempre uma parte significativa deste eleitorado de extrema-direita que não vota no candidato tradicional da direita».
O institutos de sondagens Ipsos já questionou os eleitores e na noite passada e o Le Monde já revelou o resultado, 70 por cento dos eleitores da Frente Nacional pensa votar Sarkozy, 18 por cento em Hollande e os restantes devem optar pela abstenção.
Já os eleitores do quarto candidato, Jean-Luc Mélechon, da extrema-esquerda devem, sem surpresa, apoiar massivamente o homem do PS, mais de 80 por cento de intenções de voto estimada.
A votação recorde na Frente Nacional e também o aumento dos resultados positivos da extrema-esquerda, ainda que Melénchon tenha ficado aquém do esperado, mostram uma alteração da paisagem política francesa.
O professor José Rebelo nota que a relativa radicalização é própria de uma situação de crise.
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