quarta-feira, 18 de abril de 2012

JORGE SAMPAIO SAÚDA PRESIDENTE ELEITO EM TIMOR-LESTE



SIM - Lusa

Lisboa, 17 abr (Lusa) -- O ex-presidente da República Jorge Sampaio saudou hoje o novo chefe de Estado de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, uma figura "da última geração dos que estiveram no combate", e o "amigo de velha data" José Ramos-Horta.

O ex-chefe das Forças Armadas Taur Matan Ruak venceu a segunda volta das eleições presidenciais de segunda-feira. De acordo com os resultados provisórios distritais divulgados pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral, o general venceu com 61,23 por cento, derrotando Francisco Guterres Lu Olo, que obteve 38,77 por cento dos votos.

Em declarações aos jornalistas, Jorge Sampaio sublinhou a forma como os timorenses participaram nas eleições: "O povo manifestou-se mais uma vez de forma impressionante. Aquelas pessoas votam de facto, o que é extraordinário conhecidas as condições que levaram aquele povo até este momento. Já votam com uma assiduidade que é assinalável e votam de forma impressiva".

Saudando o novo chefe de Estado, que disse conhecer "bem e de há muitos anos", Jorge Sampaio recordou Taur Matan Ruak como uma "figura muito interessante da última geração de pessoas que estiveram no combate e que chega por meios democráticos à presidência".

"É uma pessoa em quem eu tenho muito boas esperanças para a presidência de Timor", disse o ex-governante que era presidente da República na altura do processo de declaração de independência de Timor-Leste.

Jorge Sampaio saudou ainda o presidente cessante, José Ramos-Horta, "um amigo de velha data", sublinhando o facto de ter percorrido "este processo com muita dignidade e com esforço, correndo riscos de vida".

"Espero que continue a dar e certamente dará todo o seu continuado esforço a Timor e também à comunidade internacional. Como vimos foi apontado como mediador para a Guiné[-Bissau] e espero que tenha sucesso numa questão que é muito difícil", recordou.

O Comando Militar na Guiné-Bissau pediu ao chefe de Estado timorense que mediasse a crise no país, onde na quinta-feira um golpe de Estado depôs o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, cujos paradeiros continuam a ser desconhecidos.

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