PMA - Lusa
Maputo, 16 abr (Lusa) -- Os dois candidatos à presidência do município de Inhambane, sul de Moçambique, manifestaram hoje confiança na vitória, com Benedito Guimino, apoiado pela Frelimo (no poder), a apostar na "continuidade" e Fernando Nhaca, do MDM (oposição) em "resgatar a dignidade".
Benedito Guimino e Fernando Nhaca, ambos professores do ensino secundário, vão disputar na quarta-feira a presidência do município de Inhambane, sul de Moçambique, numa eleição intercalar suscitada pela morte do anterior líder do município, Lourenço Macul.
Em declarações à Lusa, o candidato da Frelimo - Frente de Libertação de Moçambique - mostrou-se confiante na vitória, evocando a recetividade do eleitorado de Inhambane com a sua mensagem de "continuidade na inovação".
"Os munícipes de Inhambane identificam-se com o meu objetivo de prosseguir a obra do falecido Lourenço Macul, porque houve muitos avanços durante a governação dele e da Frelimo", afirmou Benedito Guimino.
A expansão da rede pública de energia elétrica e de água, bem como de vias de acesso, ações iniciadas por Lourenço Macul, será uma das prioridades do mandato, adiantou o candidato da Frelimo.
Apesar de pretender continuar a herança, Benedito Guimino disse que também quer impor uma marca pessoal na governação do município de Inhambane, com duas "importantes iniciativas: "Vamos instituir o Fundo de Iniciativas Juvenis, para gerar emprego para os jovens, e o Fundo de Redução da Pobreza Urbana, para ajudar as camadas mais carenciadas a melhorar a sua condição social".
Por seu turno, o candidato do MDM - Movimento Democrático de Moçambique - prometeu reivindicar do Governo central os recursos do turismo em prol dos munícipes de Inhambane.
"O turismo deve ser o carvão de Inhambane, como o carvão é importante para Tete, porque nós não temos carvão. As receitas de turismo, das praias e das estâncias turísticas devem beneficiar também os munícipes de Inhambane", afirmou Fernando Nhaca, comparando a importância do turismo para Inhambane com o de carvão para a província de Tete, centro do país.
"Cada um se desenvolve com o que tem e Inhambane tem turismo, só que beneficia os poderosos de Maputo, que são sócios dos empreendedores estrangeiros que exploram o turismo cá", acrescentou.
Fernando Nhaca promete ter uma governação municipal mais próxima dos munícipes, colocando postos administrativos municipais nos 23 bairros da cidade de Inhambane.
Sem comentários:
Enviar um comentário