PMA - Lusa
Maputo, 23 mai (Lusa) - O consórcio liderado pela italiana ENI, que integra a portuguesa Galp, gasta diariamente cerca de 160 mil euros em segurança contra a ameaça de piratas, na área em que pesquisa gás e petróleo no norte de Moçambique.
Em entrevista ao diário O País, o diretor de operações da ENI, Ricardo Bueno, afirmou que o consórcio contratou três barcos para guarnecerem o navio SAIPEM 1000, que faz as perfurações na área de pesquisa na Bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, e três para os navios de transporte de material usado nas operações de pesquisa, do Porto de Pemba até à zona de prospeção.
"Temos de tomar medidas de precaução e estar preparados para qualquer eventualidade. A proteção do navio perfurador é uma das prioridades na segurança das nossas operações", sublinhou Ricardo Bueno.
A segurança das operações de pesquisa é garantida por 100 elementos das forças navais moçambicanas, 40 dos quais vigiam a plataforma e 60 dão cobertura ao transporte de material.
Segundo o diretor de operações do consórcio, a plataforma está equipada com dispositivos de vigilância da última geração no setor, incluindo sensores infravermelhos de alta definição, capazes de detetar a aproximação de qualquer embarcação da área do navio de perfuração.
O consórcio já descobriu 52 triliões de pés cúbicos de gás natural nos quatro furos de pesquisa na Bacia do Rovuma, projetando a abertura de mais cinco furos na mesma área.
A ENI detém 70 por cento do consórcio e a Galp Energia, Kogas, da Coreia do Sul, e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, empresa pública moçambicana, possuem 10 por cento de ações, cada.
O Canal de Moçambique tem sido alvo da ameaça de piratas somalis, que já sequestraram na zona algumas embarcações.
Sem comentários:
Enviar um comentário