quinta-feira, 10 de maio de 2012

Guiné-Bissau: Regresso imediato de PR e do PM está fora de questão, diz CEDEAO



TSF

Um delegação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está hoje em Bissau reunida com políticos e militares, aos quais disse que está fora de questão o regresso de Raimundo Pereira e Carlos Gomes Júnior.

Raimundo Pereira, presidente interino da Guiné-Bissau, e Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro e candidato vencedor na primeira volta das eleições presidenciais de março, foram afastados no golpe militar de 12 de abril e presos. Foram depois libertados e estão atualmente na Costa do Marfim.

A delegação da CEDEAO, que integra os ministros dos Negócios Estrangeiros da Costa do Marfim e da Nigéria e os respetivos chefes das Forças Armadas, iniciou durante a tarde uma ronda de encontros que ainda não terminou, sendo de prever que continue na sexta-feira.

Os encontros começaram com os militares, seguindo-se o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, no poder até dia 12), o Fórum dos partidos da oposição e a Frenagolpe (uma associação de partidos e organizações contra o golpe).

Depois, a delegação da CEDEAO promoveu uma reunião com todos (incluindo os jornalistas), na qual foi reafirmado o que a organização já tinha dito em Dacar, numa cimeira na semana passada: encontrar uma solução para a crise no país através do parlamento da Guiné-Bissau.

A delegação disse também que as decisões da cimeira de Dacar teriam sido mal entendidas em Bissau e acrescentou que «está fora de questão» o regresso de Raimundo Pereira e de Carlos Gomes Júnior aos cargos que ocupavam antes do golpe, durante o período de transição, que a CEDEAO quer que seja de um ano.

Depois do encontro conjunto, a delegação da CEDEAO iniciou uma nova ronda de reuniões grupo a grupo.

Além dos partidos, estão presentes os cinco candidatos que contestaram os resultados das eleições presidenciais de 18 de março. António Indjai, chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, também está presente.

1 comentário:

Anónimo disse...

Raimundo Pereira passaram do estatuto de prisioneiros dos militares em Bissau, para reféns da CEDEAO em Abidjan!!!

Mais lidas da semana