quinta-feira, 17 de maio de 2012

PARTIDOS CABO-VERDIANOS DIVERGEM SOBRE CRISE NO PAÍS



CLI - Lusa

Cidade da Praia, 16 mai (Lusa) - Os partidos políticos cabo-verdianos dividiram-se hoje quanto à posição assumir pelo arquipélago na crise na Guiné-Bissau.

Ouvidos hoje pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, o PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder) e a União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) condenaram o golpe de Estado de 12 de abril.

"Condenamos o golpe, não reconhecemos que personalidades ou órgãos saídos desse golpe possam assumir transitoriamente ou definitivamente o poder na Guiné-Bissau fora do quadro democrático previsto na constituição da República e pedimos que as partes discutam e procurem a melhor solução", afirmou.

O secretário-geral do PAICV, Armindo Mauricio defendeu que o seu partido é contra a decisão da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) de indigitar Serifo Nhamadjo, o ex-presidente da Assembleia Nacional Popular e um dos candidatos derrotados na primeira volta das eleições, para desempenhar as funções de Presidente da Republica de transição da Guiné-Bissau.

No entanto, o Movimento para a Democracia, (MpD, principal partido da oposição) afirmou que a situação não voltará a ser o que era antes do golpe de 12 de abril pelo que é necessário "ser-se pragmático" e encontrar soluções "intermédias" para sair da crise.

"A nossa posição é de que é preciso encontrar ma solução intermédia que dê satisfação a todas as partes envolvidas no conflito de forma a se constituir e ter m presidente de República", disse o vice-presidente do partido, Jorge Santos.

Questionado sobre a escolha da CEDEAO para a chefia interina da Guiné-Bissau, Jorge Santos disse que o se partido "não tem que concordar ou discordar" com a escolha de Nhamadjo, mas considera que é uma das soluções que podem ser adotadas.

Sobre a posição já assumida pelo primeiro-ministro cabo-verdiano de condenar a decisão da CEDEAO de indicar Serifo Nhamadjo como presidente de transição, Jorge Santos explicou que se trata "tão-somente da posição do primeiro-ministro".

O Governo reúne-se esta tarde em Conselho de Ministros extraordinário para discutir a situação da Guiné-Bissau.

Sem comentários:

Mais lidas da semana