sexta-feira, 18 de maio de 2012

RELVAS DESMENTE AMEAÇAS A JORNALISTA, DIREÇÃO DO PÚBLICO "TOCA E FOGE"




Direção do Público contra Conselho de Redação e ministro

Diário de Notícias

A direção do "Público" considera "inaceitável" um comunicado do Conselho de Redação, que acusa Miguel Relvas de pressionar o jornal, mas confirma que o ministro adjunto telefonou para a editora de política, o que levou a directora, Bárbara Reis, a protestar junto do governante.

Em comunicado, a direcção do "Público" diz-se "surpreendida" com a divulgação de um texto dos membros eleitos do Conselho de Redação, qualificando-o de "inaceitável" e "uma manipulação intolerável dos factos".

A direção do Público diz que no dia seguinte à audição parlamentar do ministro Miguel Relvas, a jornalista Maria José Oliveira enviou uma série de perguntas ao ministro e que, face à ausência de resposta, vários editores consideraram não haver motivo para publicar alguma coisa sobre o tema.

No entanto, a direção do jornal confirma que soube, posteriormente a essas decisões editoriais, que o ministro Miguel Relvas telefonou à editora de política.

A direcção do jornal consultou então o advogado, Francisco Teixeira da Mota, sobre se esse contacto de Relvas configuraria alguma violação da lei, recebendo resposta negativa.

"A seguir a essa consulta, a directora do jornal, Bárbara Reis, protestou junto do ministro Miguel Relvas por ter exercido uma pressão que toda a direcção considera inaceitável", lê-se na nota da direção do "Público".

O jornal tomou, no entanto, a decisão de não revelar publicamente estes factos, por só revelar pressões que configurem um acto ilegal.

Contactada pelo "DN", a editora de política do "Público" recusou prestar declarações enquanto a direcção e outros responsáveis do jornal não responderam aos telefonemas.

O advogado Francisco Teixeira da Mota alegou sigilo profissional para não falar sobre este assunto.

Gabinete de Relvas desmente "qualquer tipo de ameaça"

"O ministro [Miguel Relvas] desmente categoricamente qualquer tipo de ameaça", afirmou ao DN uma fonte do seu gabinete, confrontada com as acusações de que foi alvo num comunicado do conselho de redação do Público.

"Essa é uma questão interna do Público", acrescentou a mesma fonte - a qual recusou prestar esclarecimentos adicionais.

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