PL - Lusa
Lisboa, 27 mai (Lusa) -- O Sindicato Nacional da PSP anunciou hoje vai apresentar queixa formal pela "falta de apoio logístico" à chegada do contingente da PSP de Timor-Leste a Lisboa e pelo curto descanso dos agentes até entrarem ao serviço.
Em declarações à agência Lusa, Armando Ferreira, dirigente do SINAPOL, revelou que segunda-feira segue para o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, e para a direção nacional da PSP um protesto oficial.
Em causa está a chegada, na madrugada de hoje, de um contingente da PSP e GNR ao aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa.
Segundo o dirigente sindical, enquanto os agentes da polícia, depois de "22 horas de viagem", carregaram malas "durante uma hora num trajeto superior a 200 metros", os militares da guarda tiveram apoio logístico.
Dada a proibição de viatura privadas no espaço militar, a GNR disponibilizou os seus autocarros, que têm permissão para recolher as bagagens na área da pista de aterragem, notou Armando Ferreira.
Há um ano, no regresso de um anterior contingente, o SINAPOL recebeu informações sobre a situação e, por isso, na madrugada de hoje deslocou-se ao local para testemunhar a chegada dos agentes da PSP.
"É, de facto, uma falha da PSP e que não deveria acontecer porque a instituição tem os meios", criticou o dirigente sindical, lembrando que as bagagens dos agentes pesam até 200 ou 300 quilos, uma vez que estes estiveram um ano em Timor-Leste.
Armando Ferreira realçou ainda que muitos dos agentes que hoje chegaram acrescentaram outra viajem até à área onde trabalham.
"Alguns viajaram mais três ou quatro horas de carro e amanhã (segunda-feira), às 09:00, são forçados a apresentarem-se ao serviço. Os agentes deviam ter pelo menos um dia para descansar", afirmou o sindicalista.
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