MMT - Lusa
Maputo, 18 jul (Lusa) - Segurança alimentar, situação política na Guiné-Bissau, adesão da Guiné Equatorial e revisão de estatutos da CPLP vão estar em destaque na cimeira de chefes de estado e de governo da organização no dia 20 em Maputo.
Na capital moçambicana, Moçambique vai assumir a presidência rotativa de dois anos da Comunidade dos Países de Língua portuguesa (CPLP), sucedendo a Angola.
Portugal e Timor-Leste estarão representados pelos respetivos presidentes e primeiros-ministros, enquanto Moçambique (país anfitrião), Cabo Verde e São Tomé e Príncipe serão representados pelos seus presidentes.
Angola e Brasil far-se-ão representar pelos vice-presidentes, a Guiné-Equatorial pelo primeiro-ministro, enquanto a Guiné-Bissau estará representada pelo Presidente interino deposto pelo golpe militar de abril, Raimundo Pereira, disse à Lusa Albertina MacDonald, diretora para as Organizações Internacionais e Conferências no Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique.
Albertina MacDonald lembrou que a CPLP não reconhece o Comando Militar que em abril, nas vésperas de início da segunda volta das eleições presidenciais, protagonizou o golpe de Estado na Guiné-Bissau e impôs um novo governo ao país.
A normalização da situação política na Guiné-Bissau é um dos pontos fortes da presidência moçambicana da CPLP, que já assegurou que, a partir de 20 de julho, vai consolidar a democracia nos estados-membros da organização.
Além de chefes de Estado e de Governos vão participar na cimeira da CPLP o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, o diretor-geral do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, o brasileiro José Graziano da Silva, bem como um representante da primeira-ministra australiana.
O secretário-geral da ONU, Ban-Ki-moon, e os presidentes de Senegal e das Maurícias, países observadores da CPLP, ainda não confirmaram a sua participação.
Pelo menos 700 pessoas, incluindo delegados estrangeiros e jornalistas moçambicanos e de países lusófonos, são esperadas na cimeira.
Albertina MacDonald assinalou que na quinta-feira o Conselho de Ministros da CPLP vai discutir a agenda da cimeira e eleger o secretário-executivo da organização, que será um moçambicano: Murade Murargy, atual embaixador de Moçambique em Brasília.
Na sexta-feira vai ser entregue o Prémio José Aparecido de Oliveira, lançado na reunião ordinária do Conselho de Ministros da CPLP, em Luanda, no ano passado, mas ainda não foi revelado o seu destinatário.
O Prémio José Aparecido de Oliveira, ex-embaixador brasileiro que esteve na génese da CPLP, tem natureza simbólica, constituindo essencialmente um testemunho de apreço e uma forma pública e solene de homenagear personalidades e instituições que se distingam na defesa, valorização e promoção da organização lusófona, dos seus princípios, valores e objetivos, e na realização de estudos e trabalhos de investigação sobre estas matérias.
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