Orlando Castro*, jornalista – Alto Hama*
Das muitas referências feitas aqui no Alto Hama a sacerdotes, permito-me relembrar as que se seguem. Não é por nada em especial, mas se as palavras voam… os escritos são eternos.
Jorge Ortiga, arcebispo de Braga:
"Para eles os políticos, muitas vezes e quase sempre, vale apenas o bem estar pessoal ou, quanto muito, do seu grupo ou partido. Nós somos pelo bem de todos, sentimo-nos inquietos e incomodados com aquilo que aflige os outros, quando nós verificamos que neste momento de crise os políticos não são capazes de encontrar o mínimo de convergência para trabalhar à procura de uma solução. Nós teremos que nos empenhar de mãos dadas, sede construtores desta única família, apostai em causas, ideias e projectos. Lutai por eles."
Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armada:
"A Igreja tem de respeitar a justiça e lutar pelos direitos humanos. Não pode acatar qualquer acto terrorista, seja ele o intelectual ou o do medo.
É preciso ter muito cuidado. Porque é nestas horas que se fazem grandes fortunas. E, sobretudo, é nestas horas em que os mais pobres ficam mais pobres e alguns ricos ficam muitíssimo mais ricos.
Nós temos de lutar e dizer em voz alta, com respeito, respeitando a liberdade, respeitando as pessoas, mas respeitando antes de mais a verdade.
Seria bom que o Governo de Luanda, que se quer dar ao respeito, que respeite. Porque quem não respeita, já sabe como vai acabar".
António Carrilho, bispo do Funchal:
“É por isso que hoje, mais do que nunca, os meios de comunicação social se têm de colocar ao serviço da pessoa e da sociedade no respeito e promoção dos direitos e valores humanos fundamentais”.
Paulino Madeca, bispo emérito de Cabinda:
“Quando um político entra em conflito com o seu próprio povo, perde a sua credibilidade, torna-se um eterno ditador”.
Manuel Clemente, Bispo do Porto:
"É exactamente porque reconhecemos na família o maior e mais pedagógico sustentáculo da sociedade que todos, por motivos religiosos ou humanitários, devemos dar-lhe o apoio social e a primazia legal que indubitavelmente merece. Mas temos de pensar não apenas em termos imediatos. Portanto, tenhamos cuidado, abramos os olhos e sejamos mais solidários, porque é da nossa própria sobrevivência que se trata”.
Ilídio Leandro, Bispo de Viseu:
"Há muitos jornalistas que estão ao serviço do director e não ao serviço da verdade, da informação, daquilo que é importante. Eu compreendo que os jornalistas precisam de ter caminhos de vida, mas quando isso vem como deformador das notícias é mau".
Frei João Domingos (Angola)
"Não nos podemos calar mesmo que nos custe a vida. Muitos governantes que têm grandes carros, numerosas amantes, muita riqueza roubada ao povo, são aparentemente reluzentes mas estão podres por dentro".
* Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.
Título anterior do autor, compilado em Página Global: LADRÃO QUE ROUBA LADRÕES...
- Com participação no título PG: AGÊNCIA LUSA, A VOZ DE QUE DONOS? (1)
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