Arcebispo emérito do Lubango apelou aos partidos para reconhecerem resultados
04 de Setembro de 2012, 11:58
Luanda, 04 set (Lusa) - O arcebispo emérito do Lubango, e prémio Sakharov em 2001, Zacarias Kamwenho, apelou às formações concorrentes às eleições gerais de sexta-feira em Angola para que respeitem os resultados eleitorais, em que o MPLA renovou a maioria qualificada.
Citado na edição de hoje pelo estatal Jornal de Angola, Zacarias Kamwenho considerou ser necessário que os políticos aceitem os resultados, porque a população cumpriu o dever de votar, escolhendo maioritariamente o partido e o candidato que vai continuar a dirigir o país.
Quanto à igreja Católica, o arcebispo disse que "vai continuar a orar para que os angolanos consigam manter a paz, a estabilidade e a democracia", escreveu o diário angolano.
Em 2001, Zacarias Kamwenho foi um dos laureados com o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, atribuído naquele ano também a Nurit Peled-Elhanan (Israel) e a Izzat Ghazzawi (Palestina).
Foi o primeiro eclesiástico, o segundo laureado de língua portuguesa, depois de Xanana Gusmão, e o segundo africano, depois de Nelson Mandela, a receber a distinção.
EL.
Passos Coelho felicita Eduardo dos Santos e MPLA pela vitória nas eleições angolanas
03 de Setembro de 2012
Lisboa, 03 set (Lusa) - O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, felicitou hoje José Eduardo dos Santos e o MPLA pela vitória nas eleições gerais angolanas, considerando que estas representam um contributo para a "trajetória de desenvolvimento e de progresso" de Angola.
O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) ganhou com maioria qualificada (72,24 por cento) as eleições gerais angolanas, realizadas na sexta-feira, e José Eduardo dos Santos foi eleito indiretamente Presidente da República, segundo os resultados provisórios divulgados no domingo.
Numa mensagem enviada a José Eduardo dos Santos, Pedro Passos Coelho felicita-o e ao seu partido "pela expressiva vitória", acrescentando: "Gostaria especialmente, através de vossa excelência, de felicitar o povo angolano, a sociedade civil e os partidos políticos pelo seu compromisso com a democracia, traduzido num elevado padrão cívico de participação eleitoral, observado quer durante o período de campanha, quer no escrutínio".
Em seu nome e do Governo português, o primeiro-ministro manifesta "satisfação pela realização deste novo ato eleitoral, não só pelo sinal intrínseco que encerra enquanto consolidação das instituições democráticas, num quadro de pluralismo político, num quadro de pluralismo político, mas também pelo contributo que ele representa na trajetória de desenvolvimento e de progresso económico-social que Angola tem vindo a percorrer com reconhecido êxito".
Passos Coelho afirma que "Portugal e Angola são parceiros de longa data, quer em termos de cooperação de Estado a Estado, quer em termos de relacionamento sócio-económico entre as nossas duas comunidades, entre as nossas gentes, famílias, cidadãos e empresários" que têm estado juntos "nos bons e nos maus momentos".
"Na promoção da paz, da estabilidade, da democracia, do progresso económico e social em ambos os países e nas regiões em que nos inserimos, temos estado juntos. Juntos na certeza de que este é o caminho que queremos continuar a trilhar neste século XXI", escreve, concluindo: "Daí que seja natural que partilhe, com o senhor presidente, a nossa satisfação pela realização deste novo ato eleitoral".
IEL (HB)
Governo são-tomense felicita José Eduardo dos Santos por "êxito retumbante"
03 de Setembro de 2012, 18:54
São Tomé 03 set (Lusa) - O Governo de São Tomé e Príncipe felicitou hoje o Presidente da República de Angola e chefe do Ggoverno angolano, José Eduardo dos Santos, pelo "êxito retumbante" nas eleições gerais de 31 de agosto.
"O Governo da Republica Democrática de São Tomé e Príncipe felicita o Governo de Angola e todo o seu povo por este êxito retumbante conseguido, o que permitirá à República de Angola desenvolver-se no progresso e na paz", escreve o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, em carta dirigida ao dirigente angolano.
A carta do governo são-tomense, cuja cópia foi enviada à agência Lusa, congratula-se também com "a forma ordeira como os eleitores angolanos participaram no ato eleitoral e o elevado grau de organização das eleições de 31 de agosto".
Para o governo são-tomense, o facto de a "totalidade dos observadores internacionais" ter proclamado as eleições como "livres, transparentes e credíveis", constituem "um exemplo positivo de maturidade, civismo e tolerância já atingidos pelo processo político angolano".
"A lisura, competência e o profissionalismo postos ao serviço do ato eleitoral são inequivocamente a expressão da assunção do compromisso dos angolanos e dos seus dirigentes com o aprofundamento da democracia e com a promoção do desenvolvimento de Angola, visando a criação do bem-estar e do progresso social para todos", diz a carta assinada por Patrice Trovoada.
Os últimos resultados preliminares das eleições gerais de sexta-feira, divulgados hoje à tarde, dão a vitória ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, com 71,96 por cento dos votos.
Quando faltavam escrutinar cinco por cento dos eleitores registados, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o principal partido da oposição, seguia em segundo lugar com 18,59 por cento e a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) no terceiro com 6,01 por cento.
À luz da Constituição angolana, aprovada em 2010, José Eduardo dos Santos foi eleito indiretamente Presidente de Angola, na qualidade de número um da lista do seu partido, obtendo, pela primeira vez em mais de três de décadas, a legitimidade num processo eleitoral completo para exercer o cargo.
Os principais partidos da oposição anunciaram hoje que estão a encontrar discrepâncias entre os resultados da CNE e as atas das mesas de voto e a UNITA já anunciou que tenciona impugnar as eleições gerais.
MYB (HB)
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
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