terça-feira, 18 de setembro de 2012

CRISE INSTALADA DEVIDO A UM PR E UM GOVERNO MAIS TROIKISTA QUE A TROIKA

 


Alterações à TSU podem resultar na perda de 68 mil empregos, diz estudo
 
TSF, a fonte deste compacto - Publicado ontem às 17:43
 
Um estudo levado a cabo pela Universidade do Minho em colaboração com a Universidade de Coimbra diz que estas mudanças poderiam criar mil empregos na melhor das hipóteses.
 
Um estudo revela que o impacto das alterações feitas à Taxa Social Única podendo resultar na perda de 68 mil postos de trabalho no pior dos cenários e no aumento do desemprego de longa duração.
 
De acordo com este estudo da autoria da Universidade do Minho em colaboração com a Universidade de Coimbra conclui que estas mudança poderiam, no melhor dos cenários, resultar na criação de mil postos de trabalho.
 
Em declarações à TSF, Luís Aguiar-Conraria explicou que «em princípio, esta medida levaria a uma destruição de 33 mil empregos» e que «iria pesar sobretudo essencialmente sobre os desempregados de longa duração».
 
«Já de si isto é um drama na economia portuguesa e que possivelmente se agravará ainda mais se esta medida for para a frente, adiantou este docente do Núcleo de Investigação em Políticas Económicas.
 
Este professor recordou ainda o que diz a teoria económica, ao lembrar, que, a longo prazo, o «impacto de subir os impostos sobre o trabalho é a uma redução dos salários líquidos».
 
Luís Aguiar-Conraria lembrou também que «o valor global das taxas sobre o salário aumenta, porque passam de 34,75 para 36 por cento».
 
«De facto, há um aumento de custo. A crença de que os custos das empresas vão baixar depende da forma como trabalhadores e empresas reagirem a esta política», concluiu.
 
Parceiros sociais em Belém para dizer a Cavaco que "assim não"
 
Publicado ontem às 19:48
 
Após um encontro com o Presidente da República, patrões a UGT frisaram que é impossível aceitar as alterações à TSU, mas sublinham que não há razões para criar uma crise política.
 
Os patrões e a UGT consideram que as alterações à Taxa Social Única propostas pelo Governo não podem ir para a frente e esperam que o Executivo reconsidere a bem da estabilidade política e do acordo de concertação social.
 
Apesar disto, os parceiros sociais que assinaram o acordo de concertação social consideraram que não há razões para rasgar este documento e que não faz sentido criar uma crise política que leva a eleições.
 
Contudo, o presidente da CIP lembrou que o Governo «deve retirar ilações» da «comunicação e da forma errada» como foram anunciadas as alterações à TSU, bem como os efeitos sociais e políticos desta medida.
 
Após um encontro com o Presidente da República, António Saraiva chamou ainda à atenção para o facto de esta medida ter «provocado uma enorme manifestação de indignação a que assistimos no sábado por todo o país».
 
O "patrão dos patrões" recordou ainda que o Governo tem de atalhar pelo lado da despesa, sobretudo através das privatizações, e frisou que é necessário reduzir a TSU, mas de uma forma diferente.
 
«Há que revisitar eventualmente o IVA e não esgotar apenas no IVA as possibilidades de reformatar a descida da TSU, que reafirmo é desejável e possível com outro género de compensações», adiantou.
 
Por seu lado, o líder da UGT, João Proença, apelou ao Presidente da República para «tornar claro que as medidas tal como foram formuladas pelo Governo são claramente inconstitucionais».
 
Já o líder da CAP, João Machado, sublinhou que os agricultores temem que esta medida «provoque mais desemprego e mais fecho de empresas», daí ter sido pedido a Cavaco Silva que «tomasse em atenção esta matéria».
 
Os parceiros sociais, que em uníssono disseram a Cavaco que rejeitam esta medida, dizem estar disponíveis para discutir com o Governo alternativas e lembram que o primeiro-ministro deveria ter discutido esta medida com eles antes de a anunciar.
 
Seguro exclui qualquer hipótese de entendimento com PSD sobre Governo
 
Publicado ontem às 22:23
 
Entrevistado pela RTP, o líder socialista assegurou que o seu partido não voltará a ser Governo «sem que os portugueses queiram».
 
O líder do PS exclui qualquer possibilidade de entendimento com o PSD no que toca ao Governo e endossou para o PSD e CDS responsabilidades relativa a uma eventual rutura na coligação.
 
Em entrevista à RTP, António José Seguro confirmou que o «PS voltará ao Governo por vontade dos portugueses» e isso nunca acontecerá «sem que os portugueses queiram».
 
«No ano passado, os portugueses decidiram que o PS devia ser partido da oposição e PS tem sido partido de uma oposição séria, construtiva e responsável», acrescentou.
 
Seguro garantiu ainda que pretende continuar neste caminho e que o «PS continue a ser uma oposição útil ao país».
 
Detido nas manifestações condenado a um ano de prisão com pena suspensa
 
Publicado hoje às 11:16
 
Um dos quatro cidadãos detidos nas manifestações de sábado contra as medidas de austeridade foi condenado a um ano de prisão com pena suspensa.
 
Segundo uma informação disponibilizada na página de Internet da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), um dos detidos foi julgado em processo sumário e condenado «por crime de resistência e coação», com uma pena de 12 meses de prisão, suspensa por igual período e sujeição a regime de prova.
 
De acordo com a mesma fonte, foram ainda presentes a tribunal mais três cidadãos, que, devido à sua idade e à ausência de antecedentes criminais, foram encaminhados para a Suspensão Provisória do Processo.
 
A página de internet da PGDL revela que «o Ministério Público propôs, e os arguidos aceitaram, a suspensão do procedimento pelo período de 12 meses, mediante a prestação de trabalho a favor da comunidade (160 horas, num caso, 200 horas noutro, e ainda 240 horas de trabalho num terceiro)».
 
«Os arguidos anuíram ainda em juntar aos autos um pedido de desculpas à Polícia de Segurança Pública e comprometeram-se em abster-se da prática de atos violentos em manifestações públicas e desportivas durante o período de suspensão dos autos», sublinha a nota.
 
Dom Manuel Martins critica «ignorância» dos políticos
 
Publicado hoje às 12:20
 
Dom Manuel Martins confessa na TSF que às vezes lhe apetece ser Presidente da República para poder fazer um Governo de iniciativa presidencial e critica a «ignorância» dos políticos.
 
O bispo emérito de Setúbal afirma que as novas medidas de austeridade são sinais de falta de juízo e de «ignorância», porque os políticos nunca experimentaram ser pobres e não ter «pão na mesa».
 
Dom Manuel Martins aconselha mesmo os políticos a fazerem um «exame de consciência», considerando que estas medidas revelam um desconhecimento da realidade.
 
O bispo adianta também que o Governo ficou numa situação «sem vergonha», sem ter «coragem, força e clarividência para se renovar».
 
- O original TSF contém áudios
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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