O País (mz)
Cabaço afirmou também que houve uma desaceleração dos programas de cooperação com a África no governo da presidente brasileira Dilma Rousseff, em comparação com o seu antecessor, Lula da Silva.
As polémicas laborais que envolvem empresas brasileiras em Moçambique podem comprometer a boa imagem do país sul-americano entre os moçambicanos, afirmou, segunda-feira, o ex-ministro moçambicano da Informação, José Luís Cabaço. “Não foi só com empresas brasileiras que ocorreram problemas, mas o que saiu nos jornais foi o Brasil. Com os outros [países], as pessoas acham que é normal, mas com o Brasil não, devido à sua imagem, que é muito boa”, disse Cabaço, em entrevista à Lusa.
O também investigador da Universidade Técnica de Moçambique participou, segunda-feira última numa conferência, na Universidade de São Paulo, sobre as relações entre o Brasil e África. Há empresas brasileiras, como a Vale, acusadas no país africano de desrespeito pelas comunidades e mão-de-obra local.
Segundo Cabaço, a relação entre o país e o continente, hoje, é feita por um duplo caminho: a cooperação, feita pelo governo, e a economia, que ocorre com as empresas, da mesma forma que com outros países. “Os problemas que surgem, surgem no segundo caminho”, disse.
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