Isabel Arriaga e
Cunha – Público - ontem
Depois de um duro
braço-de-ferro que se arrastou ao longo de todo o dia, a França e a Alemanha
conseguiram esta noite ultrapassar as divergências sobre as grandes linhas de
um novo regime europeu de supervisão da banca que permitiu aos líderes da União
Europeia (UE) chegar a acordo sobre os primeiros passos de uma nova união
bancária para a zona euro.
O braço-de-ferro
dos dois países começou por ser travado por via indirecta logo de manhã com a
tomada de posições públicas por Angela Merkel, chanceler alemã, e François
Hollande, Presidente francês, e prosseguiu durante a tarde e parte da noite do
primeiro de dois dias de uma cimeira de líderes da União Europeia (UE) dedicada
— precisamente — à correcção das lacunas da união económica e monetária que
estão na origem da actual crise.
Hollande, apoiado pelos países do Sul da Europa, bateu-se em favor da criação rápida de um sistema único europeu de supervisão dos bancos da zona euro, tal como foi acordado na anterior cimeira de Junho. Esta supervisão única, a cargo do Banco Central Europeu (BCE), constitui a condição para que os bancos da zona euro possam receber empréstimos directos do novo mecanismo europeu de socorro (ESM) sem agravarem a dívida pública dos países onde estão situados, como acontece actualmente.
Esta possibilidade de recapitalização directa é imperativa para a Espanha, que verá a sua dívida pública agravada em 4 pontos percentuais em resultado do actual programa de ajuda da zona euro aos seus bancos em risco de falência.
Este novo modelo de supervisão constitui o primeiro passo de uma união bancária europeia destinada a quebrar as ligações perigosas entre a dívida dos bancos e a dívida dos Estados, e deverá incluir, a prazo, um novo sistema europeu de resolução de crise e de garantia de depósitos.
Hollande, apoiado pelos países do Sul da Europa, bateu-se em favor da criação rápida de um sistema único europeu de supervisão dos bancos da zona euro, tal como foi acordado na anterior cimeira de Junho. Esta supervisão única, a cargo do Banco Central Europeu (BCE), constitui a condição para que os bancos da zona euro possam receber empréstimos directos do novo mecanismo europeu de socorro (ESM) sem agravarem a dívida pública dos países onde estão situados, como acontece actualmente.
Esta possibilidade de recapitalização directa é imperativa para a Espanha, que verá a sua dívida pública agravada em 4 pontos percentuais em resultado do actual programa de ajuda da zona euro aos seus bancos em risco de falência.
Este novo modelo de supervisão constitui o primeiro passo de uma união bancária europeia destinada a quebrar as ligações perigosas entre a dívida dos bancos e a dívida dos Estados, e deverá incluir, a prazo, um novo sistema europeu de resolução de crise e de garantia de depósitos.
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