Liberal (cv)
Numa alusão ao
último “incidente” resultante de “afirmações inadequadas” do Primeiro-ministro,
o Chefe de Estado defende que “temos de avançar para um estádio de
desenvolvimento e de cultura comportamental em que a regra não seja sempre a de
desculpabilização”…
Praia, 11 de
Outubro 2012 – Depois de, dois dias atrás, a Presidência da República ter
corrigido declarações do Primeiro-ministro que insinuavam que o Chefe de Estado
se teria precipitado ao afirmar que o inquérito ao aluimento da ponte da Boa
Vista “deve ser célere, devendo contribuir para o esclarecimento objectivo da
situação” e que, a haver “eventuais responsabilidades, elas devem ser
efectivadas”, o próprio Jorge Carlos Fonseca (JCF), na sua página pessoal da
rede social Facebook vem sustentar que “ainda vivemos em Cabo Verde - e não se
trata de problema de hoje e agora - num ambiente em que é fraca a cultura da
responsabilização”…
Para o Presidente
da República, “responsabilizar, pedir responsabilidades é visto como complicar,
«arranjar problemas», ser «confusento»” e adiantando que “nenhum país se torna
competitivo sem a vigência de sistemas e cultura de responsabilização”,
porquanto “democracia avançada exige liberdade, sim, liberdade, mas igualmente
responsabilidade, cidadãos livres e com responsabilidade pessoal”. Uma
“responsabilização - defende ainda - nas instituições públicas, no exercício do
poder político democrático, nas empresas, na família, nas profissões, na
justiça”.
Segundo JCF, “temos
de avançar para um estádio de desenvolvimento e de cultura comportamental em
que a regra não seja sempre a de desculpabilização, em que a culpa é sempre de
outrem, dos outros, e apenas deles (do colonialismo, da seca, do partido único,
da crise, da guerra, e assim por diante...)”
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http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=37158&idSeccao=523&Action=noticia
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