sábado, 27 de outubro de 2012

Moçambique: APELO À DEFESA DA SOBERANIA, “ATAQUE” À BASE NA GORONGOSA

 


PR de Moçambique apela ao exército para defender a soberania do país
 
26 de Outubro de 2012, 13:47
 
Maputo, 26 out (Lusa) - O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, exortou hoje o exército moçambicano a defender a soberania do país para impedir a "destruição do que o povo construiu à custa de muito trabalho".
 
Armando Guebuza exaltou os valores do patriotismo e da unidade nacional, quando discursava na Academia Militar "Marechal Samora Machel", na província de Nampula, norte de Moçambique, durante o encerramento do 19.º Curso da Polícia Militar.
 
"Vós sois portadores do estandarte da autoestima. Estejam sempre prontos para a defesa da soberania (...). O verdadeiro patriota sabe respeitar e defender a soberania e não se preocupa em destruir o que o povo construiu à custa de muito trabalho e sacrifício", sublinhou o chefe de Estado moçambicano.
 
Armando Guebuza exortou igualmente para a defesa da unidade nacional, apontando este valor como fator para a integridade territorial do país.
 
"A unidade nacional não é um objetivo a ser alcançado. A unidade nacional é uma condição para a nossa sobrevivência como moçambicanos", afirmou Guebuza.
 
Dirigindo-se aos polícias militares recém-formados, o chefe de Estado moçambicano recordou-lhes a missão de garantir a defesa da soberania contra todas as ameaças internas e externas.
 
"Vós sois portadores do estandarte da autoestima. Estejam sempre prontos para a defesa da soberania", enfatizou Armando Guebuza.
 
Moçambique vive momentos de tensão, depois de o presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, ter reagrupado centenas de antigos guerrilheiros do movimento na sua antiga base central, na Serra da Gorongosa, centro do país.
 
Afonso Dhlakama tomou essa decisão como forma de pressionar o Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) a negociar com a Renamo a formação de um Governo de Unidade Nacional, que possa garantir eleições livres e justas nas autárquicas do próximo ano e gerais de 2014.
 
A Renamo exige igualmente o fim da alegada despartidarização do Estado pela Frelimo e a redistribuição justa dos rendimentos provenientes dos recursos naturais.
 
PMA // VM.
 
Renamo denuncia preparação de "ataque do Governo da Frelimo" à sua base na Gorongosa
 
26 de Outubro de 2012, 16:59
 
Maputo, 26 out (Lusa) - A Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, acusou hoje o governo de Maputo de "concentrar meios militares, com mercenários, para atacar" a sua base na Gorongosa onde, desde há uma semana, permanece o seu líder, Afonso Dhlakama.
 
"Estão a concentrar blindados no Inchope", o cruzamento que divide o trânsito entre o centro e o sul de Moçambique, e a cerca de 200 quilómetros da vila da Gorongosa, em Sofala, disse à Lusa o general na reserva da Renamo Ossufo Momade.
 
Segundo aquele responsável pela defesa da Renamo, os blindados pertencem à Força de Intervenção Rápida (FIR), um corpo de elite da polícia moçambicana, que "conta com o apoio de mercenários do Zimbabué, transportados em camiões, e da África do Sul, estes chegados em três helicópteros à cidade da Beira".
 
"Querem atacar a base até ao fim do mês", acrescentou Momade.
 
A agência Lusa está a tentar uma reação oficial a estas acusações.
 
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, encontra-se desde a semana passada na sua antiga base da Gorongosa, onde reativou um corpo de segurança com um número significativo de homens e exige que o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, ali se desloque para negociarem a constituição de um Governo de Unidade Nacional.
 
Também há uma semana, o porta-voz da polícia na província de Sofala, Mateus Mavide, disse à Lusa que tinha sido enviado um contingente da FIR, da Beira para o distrito da Gorongosa.
 
"Destina-se a acalmar o ambiente e a não deixar criar ânimos entre a população", disse Mavide.
 
LAS/AYC //JMR.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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