PR de Moçambique
apela ao exército para defender a soberania do país
26 de Outubro de
2012, 13:47
Maputo, 26 out
(Lusa) - O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, exortou hoje o exército
moçambicano a defender a soberania do país para impedir a "destruição do
que o povo construiu à custa de muito trabalho".
Armando Guebuza
exaltou os valores do patriotismo e da unidade nacional, quando discursava na
Academia Militar "Marechal Samora Machel", na província de Nampula,
norte de Moçambique, durante o encerramento do 19.º Curso da Polícia Militar.
"Vós sois
portadores do estandarte da autoestima. Estejam sempre prontos para a defesa da
soberania (...). O verdadeiro patriota sabe respeitar e defender a soberania e
não se preocupa em destruir o que o povo construiu à custa de muito trabalho e
sacrifício", sublinhou o chefe de Estado moçambicano.
Armando Guebuza
exortou igualmente para a defesa da unidade nacional, apontando este valor como
fator para a integridade territorial do país.
"A unidade
nacional não é um objetivo a ser alcançado. A unidade nacional é uma condição
para a nossa sobrevivência como moçambicanos", afirmou Guebuza.
Dirigindo-se aos
polícias militares recém-formados, o chefe de Estado moçambicano recordou-lhes
a missão de garantir a defesa da soberania contra todas as ameaças internas e
externas.
"Vós sois
portadores do estandarte da autoestima. Estejam sempre prontos para a defesa da
soberania", enfatizou Armando Guebuza.
Moçambique vive
momentos de tensão, depois de o presidente da Resistência Nacional Moçambicana
(Renamo), principal partido da oposição, ter reagrupado centenas de antigos
guerrilheiros do movimento na sua antiga base central, na Serra da Gorongosa,
centro do país.
Afonso Dhlakama
tomou essa decisão como forma de pressionar o Governo da Frente de Libertação
de Moçambique (Frelimo) a negociar com a Renamo a formação de um Governo de
Unidade Nacional, que possa garantir eleições livres e justas nas autárquicas
do próximo ano e gerais de 2014.
A Renamo exige
igualmente o fim da alegada despartidarização do Estado pela Frelimo e a
redistribuição justa dos rendimentos provenientes dos recursos naturais.
PMA // VM.
Renamo denuncia
preparação de "ataque do Governo da Frelimo" à sua base na Gorongosa
26 de Outubro de
2012, 16:59
Maputo, 26 out
(Lusa) - A Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, acusou hoje o
governo de Maputo de "concentrar meios militares, com mercenários, para
atacar" a sua base na Gorongosa onde, desde há uma semana, permanece o seu
líder, Afonso Dhlakama.
"Estão a
concentrar blindados no Inchope", o cruzamento que divide o trânsito entre
o centro e o sul de Moçambique, e a cerca de 200 quilómetros da vila da
Gorongosa, em Sofala, disse à Lusa o general na reserva da Renamo Ossufo
Momade.
Segundo aquele
responsável pela defesa da Renamo, os blindados pertencem à Força de
Intervenção Rápida (FIR), um corpo de elite da polícia moçambicana, que
"conta com o apoio de mercenários do Zimbabué, transportados em camiões, e
da África do Sul, estes chegados em três helicópteros à cidade da Beira".
"Querem atacar
a base até ao fim do mês", acrescentou Momade.
A agência Lusa está
a tentar uma reação oficial a estas acusações.
O líder da Renamo,
Afonso Dhlakama, encontra-se desde a semana passada na sua antiga base da
Gorongosa, onde reativou um corpo de segurança com um número significativo de
homens e exige que o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, ali se desloque
para negociarem a constituição de um Governo de Unidade Nacional.
Também há uma
semana, o porta-voz da polícia na província de Sofala, Mateus Mavide, disse à
Lusa que tinha sido enviado um contingente da FIR, da Beira para o distrito da
Gorongosa.
"Destina-se a
acalmar o ambiente e a não deixar criar ânimos entre a população", disse
Mavide.
LAS/AYC //JMR.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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