Público – Lusa – foto Manuel Roberto
O agravamento da
crise em Portugal pode levar a um aumento da violência nos protestos sociais
contra a austeridade, alerta o Observatório de Segurança, que, contudo,
considera improvável que surjam acções violentas organizados contra o Governo.
O Observatório de
Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) diz estar “preocupado”
com a contestação social e política em Portugal, que tem vindo a subir de tom
nos últimos tempos devido ao “agravamento das condições” de vida dos
portugueses.
Como tal, este organismo não exclui que, de uma “forma pontual e espontânea”, possam surgir “formas de protesto mais violentas” ou registar-se confrontos de maior intensidade entre manifestantes e as forças e serviços de segurança, disse o porta-voz do OSCOT, Felipe Pathé Duarte.
“Atravessamos um momento difícil em que estão todas as condições reunidas para que isso possa acontecer”, considera Pathé Duarte, numa altura em que relatórios, quer do Serviço de Informações de Segurança (SIS), quer do Sistema de Segurança Interna, apontam para a possibilidade de haver violência associada às manifestações sociais.
Porém, o porta-voz do OSCOT mostra-se “céptico” relativamente a possibilidade de poder surgir um “movimento subversivo ou acções de violência política organizada contra o Governo”. “Penso que isso não acontecerá”, porque Portugal “não tem uma tradição de contestação social violenta” como existe na Grécia, Espanha ou Itália, afirmou.
O porta-voz do organismo, agora liderado pelo ex-ministro da Administração Interna Rui Pereira, explica que tal “nada tem a ver com os brandos costumes”, mas com o facto de não haver, no país, “estruturas (tanto de extrema-esquerda ou extrema-direita) com peso suficiente para se poderem organizar nesse sentido”. A posição geográfica do país, que dificulta que movimentos de violência política de dimensão transnacional cheguem facilmente a Portugal, e o papel que os sindicatos têm tradicionalmente na gestão dos protestos são também “decisivos” para que a contestação social violenta “não tenha expressão”.
O aumento da violência associada aos protestos, a registar-se em Portugal, acontecerá “sempre de forma espontânea” e poderá surgir, segundo Pathé Duarte, com uma “eventual reacção desproporcionada por parte do contingente policial”, que depois “vai empolgar e galvanizar os ânimos e levar a confrontos”. “Actos de violência não organizada, levados a cabo por alguns e sem que exista qualquer estrutura por detrás, podem acontecer. E o problema depois é que a violência gere violência”, frisou.
Pathé Duarte enalteceu, contudo, a actuação “exemplar” que as forças e serviços de segurança têm tido. Disse ainda que na sequência dos incidentes ocorridos em Março de 2012 com manifestantes no Chiado, durante a greve geral, houve “claramente” ordens superiores para “terem mais atenção” e evitarem intervenções desproporcionadas.
Este especialista sublinha que as forças e serviços de segurança portuguesas estão preparadas para qualquer destes cenários e considerou uma “ideia muito afastada”, a possibilidade de que o descontentamento manifestado por esta classe a impeça de cumprir o seu papel.
Como tal, este organismo não exclui que, de uma “forma pontual e espontânea”, possam surgir “formas de protesto mais violentas” ou registar-se confrontos de maior intensidade entre manifestantes e as forças e serviços de segurança, disse o porta-voz do OSCOT, Felipe Pathé Duarte.
“Atravessamos um momento difícil em que estão todas as condições reunidas para que isso possa acontecer”, considera Pathé Duarte, numa altura em que relatórios, quer do Serviço de Informações de Segurança (SIS), quer do Sistema de Segurança Interna, apontam para a possibilidade de haver violência associada às manifestações sociais.
Porém, o porta-voz do OSCOT mostra-se “céptico” relativamente a possibilidade de poder surgir um “movimento subversivo ou acções de violência política organizada contra o Governo”. “Penso que isso não acontecerá”, porque Portugal “não tem uma tradição de contestação social violenta” como existe na Grécia, Espanha ou Itália, afirmou.
O porta-voz do organismo, agora liderado pelo ex-ministro da Administração Interna Rui Pereira, explica que tal “nada tem a ver com os brandos costumes”, mas com o facto de não haver, no país, “estruturas (tanto de extrema-esquerda ou extrema-direita) com peso suficiente para se poderem organizar nesse sentido”. A posição geográfica do país, que dificulta que movimentos de violência política de dimensão transnacional cheguem facilmente a Portugal, e o papel que os sindicatos têm tradicionalmente na gestão dos protestos são também “decisivos” para que a contestação social violenta “não tenha expressão”.
O aumento da violência associada aos protestos, a registar-se em Portugal, acontecerá “sempre de forma espontânea” e poderá surgir, segundo Pathé Duarte, com uma “eventual reacção desproporcionada por parte do contingente policial”, que depois “vai empolgar e galvanizar os ânimos e levar a confrontos”. “Actos de violência não organizada, levados a cabo por alguns e sem que exista qualquer estrutura por detrás, podem acontecer. E o problema depois é que a violência gere violência”, frisou.
Pathé Duarte enalteceu, contudo, a actuação “exemplar” que as forças e serviços de segurança têm tido. Disse ainda que na sequência dos incidentes ocorridos em Março de 2012 com manifestantes no Chiado, durante a greve geral, houve “claramente” ordens superiores para “terem mais atenção” e evitarem intervenções desproporcionadas.
Este especialista sublinha que as forças e serviços de segurança portuguesas estão preparadas para qualquer destes cenários e considerou uma “ideia muito afastada”, a possibilidade de que o descontentamento manifestado por esta classe a impeça de cumprir o seu papel.
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