segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Portugal: SEGURO DIZ QUE PASSOS COELHO NÃO APRENDE COM OS ERROS QUE COMETE

 

Jornal de Notícias
 
O secretário-geral do PS lamentou, esta segunda-feira, que, se for verdade que o Governo já enviou para Bruxelas as medidas alternativas às mudanças na Taxa Social Única, tal significa desrespeito pela concertação e que o primeiro-ministro não aprende com os erros.
 
António José Seguro falava aos jornalistas, durante uma visita a Alverca, depois de confrontado com as declarações do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, em que adiantou que a Comissão Europeia já aprovou as medidas alternativas que o Governo apresentou para compensar o recuo nas mudanças na Taxa Social Única (TSU).
 
O secretário-geral do PS mostrou-se surpreendido, lamentou e criticou os métodos políticos seguidos pelo executivo liderado por Pedro Passos Coelho.
 
"Não conheço nenhuma medida que tenha sido apresentada em Bruxelas, nem o país a conhece", disse, referindo que desde 7 de setembro, quando as mudanças na TSU foram anunciadas, nunca mais voltou a falar com o primeiro-ministro sobre esse assunto.
 
Questionado se o Governo enviou as propostas de substituição da TSU para Bruxelas, sem antes consultar o PS, António José Seguro deixou o seguinte comentário aos jornalistas: "Estão a dar-me uma notícia".
 
"Já houve alguma proposta que foi enviada para Bruxelas? Enfim, se é verdade estão a dar-me uma notícia. Lamento. Desconheço essa proposta, mas quanto à postura e ao procedimento, significa que o primeiro-ministro não aprende com os erros que comete", afirmou.
 
Para o secretário-geral do PS, caso se confirme que as propostas já foram enviadas pelo Governo para Bruxelas, sem informação prévia a nível nacional, "tal significa que se trata de um primeiro-ministro distante dos portugueses e que vive longe da realidade".
 
"Numa altura em que é preciso envolver os portugueses e a confirmar-se essa decisão, o primeiro-ministro enviou para Bruxelas sem qualquer tipo de concertação", insistiu.
 
Nas declarações que fez aos jornalistas, o líder socialista voltou a defender a tese de que, no plano orçamental, não se está perante verdadeiras propostas alternativas para substituir as mudanças ao nível da TSU.
 
"Não há medidas alternativas à TSU, porque o impacto da TSU no Orçamento do Estado para 2013 é mínimo. Aconteceu foi que o Governo foi forçado a fazer marcha atrás relativamente à sua proposta, que era imoral e indigna", sustentou.
 

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