segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ANTITERRORISTA ANTÓNIO GUERRERO PROMETE SEGUIR APELANDO PELA VERDADE

 

Prensa Latina, com foto
 
Valparaíso, Chile, 17 nov (Prensa Latina) Antonio Guerrero, um dos cinco antiterroristas cubanos condenados a prisão nos Estados Unidos, prometeu hoje que junto a seus compatriotas segue e seguirá apelando à verdade, a justiça e a razão.
 
Numa mensagem enviada ao XX Encontro Nacional das organizações de solidariedade do Chile a Cuba, que tem por palco esta cidade portuária, Guerrero prometeu que os cinco continuarão com inquebrantável inteireza e eterno otimismo resistindo a injusta prisão.

"São vocês, nossos amigos solidários quem nos fazem a cada dia sentir úteis, fortes e seguros do regresso", assinala o texto.

Guerrero foi preso em 1998, assim como Gerardo Hernández, René González, Ramón Labañino e Fernando González, por penetrar organizações terroristas nos Estados Unidos para evitar atos criminosos contra Cuba.

"Estamos já há 15 anos num injusto encarceramento. Recordo nos primeiros dias na sala do Corte Federal de Miami. Tínhamos tratado com diferentes recursos legais, que se mudasse nosso julgamento para outra cidade, a somente duas horas de onde sabíamos que jamais poderíamos receber um processo imparcial", comentou.

No entanto, toda tentativa de mudança de sede foi freada pela juíza, a quem a todo momento o governo deu a razão.

Guerrero recordou que naquele começo observaram na sala muitos jornalistas de meios locais de Miami, bem como alguns de grandes jornais do país.

"No passar dos dias, quando ocorreu o julgamento, só ficaram os que hoje sabemos que recebiam pagamentos do governo. Para os outros, segundo tudo indica, a ordem foi silenciar totalmente nosso caso", sublinha a mensagem.

O prisioneiro cubano precisa que se trata dos Estados Unidos, um país no qual constantemente se publicam processos judiciais de todo tipo, tanto na imprensa como na televisão, e onde como por arte de magia, o julgamento mais longo desse ano, onde testemunharam ex-militares de certa patente e um ex-assessor do Presidente, singelamente não existe, mas está aí, no entanto não se vê.

E por que não quer ser visto?, perguntou. Porque simplesmente é um processo no qual saem à luz, graças a sua própria defesa, uma boa parte do histórico do terrorismo contra Cuba, organizado, dirigido e financiado de Miami, onde eles eram processados, indica a mensagem.

Guerrero explica que esses grupos terroristas foram mencionados com seus nomes e sobrenomes em 2005 pelos três juízes do painel da Corte de Apelações de Atlanta que anularam o julgamento celebrado em Miami e pelo qual foram condenados.

A este respeito, considera que ninguém pode negar que o que ocorreu nessa cidade norte-americana ao sul era uma "tormenta perfeita" para os condenar sem ser culpados dos cargos de assassinato e espionagem de que foram acusados.

"Hoje se conhece que os encarregados de toda essa campanha estavam sendo pagos pelo Governo. E perguntamos-nos: Que não se conhece, nem se conhecerá? Como pôde ser revertido a decisão unânime daqueles três juízes?".

Chama a atenção que o ditame dos magistrados coincidiu com o pronunciamento em 2005 do Grupo de Detenção Arbitrária das Nações Unidas que declarou arbitrária sua detenção, comenta o documento.

A comunicação de Guerrero no encontro de solidariedade expressa que se chegou ao final dos recursos legais possíveis, enquanto o Governo mantém sua posição de rebater tudo, com qualquer argumento.

"Eles sabem que está em mãos da mesma juíza decidir, mas a mesma juíza não quis mudar a sede, ainda que soubesse dessas pressões da imprensa e da rádio", expressa a mensagem às organizações solidárias chilenas, que amanhã continuarão suas expressões de amizade para com a ilha.

À inauguração do encontro na Sala de Honra do Congresso Nacional, em Valparaíso, assistiram mais de 500 pessoas, entre eles deputados, vereadores e líderes de organizações sociais, além de uma pequena delegação cubana, entre cujos integrantes se encontra sua mãe, Mirta Rodríguez.

ocs/et/cc
 

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