sábado, 24 de novembro de 2012

Caso "Brutosgate" na RTP não surgiu inocentemente, diz membro da CT

 

Jornal i - Lusa
 
O jornalista António Louçã, da Comissão de Trabalhadores (CT) da RTP, disse hoje que o "Brutosgate", nome que atribui ao caso envolvendo a estação pública e a PSP, não surgiu inocentemente, tendo em conta a anunciada privatização da empresa.
 
"Será uma coincidência inocente? Penso que não", apontou numa declaração em Lisboa, no quarto congresso dos jornalistas portugueses, organizado pelo Sindicato dos Jornalistas.
 
António Louçã referia-se à visualização da PSP de imagens não exibidas e editadas (vulgarmente denominadas como “brutos”) da RTP dos confrontos que ocorreram a 14 de novembro, dia da greve geral, em frente ao parlamento.
 
Tal episódio, sublinha, representa um "descrédito para o jornalismo em geral e para a RTP em particular".
 
O jornal Sol noticiou na sexta-feira, citando o ministro Miguel Relvas, que a privatização da RTP irá a Conselho de Ministros ainda durante este ano.
 
O diretor de informação cessante da televisão pública, Nuno Santos, anunciou na quarta-feira a sua demissão, rejeitando a acusação da administração de ter facultado "a elementos estranhos à empresa" imagens dos confrontos entre a polícia e manifestantes.
 
Na sexta-feira, em declarações à agência Lusa, o presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), Carlos Magno, confirmou que a administração da RTP propôs Luís Marinho, diretor-geral de conteúdos da empresa, para assumir interinamente, e cumulativamente, o cargo de diretor de informação da televisão pública.
 
A administração da RTP emitiu na quarta-feira um comunicado no qual afirma que os "responsáveis da Direção de Informação facultaram a elementos estranhos à empresa" imagens dos incidentes ocorridos a 14 de novembro e adianta que foi aberto um inquérito.
 

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