Jornal i - Lusa
O jornalista
António Louçã, da Comissão de Trabalhadores (CT) da RTP, disse hoje que o
"Brutosgate", nome que atribui ao caso envolvendo a estação pública e
a PSP, não surgiu inocentemente, tendo em conta a anunciada privatização da
empresa.
"Será uma
coincidência inocente? Penso que não", apontou numa declaração em Lisboa,
no quarto congresso dos jornalistas portugueses, organizado pelo Sindicato dos
Jornalistas.
António Louçã
referia-se à visualização da PSP de imagens não exibidas e editadas
(vulgarmente denominadas como “brutos”) da RTP dos confrontos que ocorreram a
14 de novembro, dia da greve geral, em frente ao parlamento.
Tal episódio,
sublinha, representa um "descrédito para o jornalismo em geral e para a
RTP em particular".
O jornal Sol
noticiou na sexta-feira, citando o ministro Miguel Relvas, que a privatização
da RTP irá a Conselho de Ministros ainda durante este ano.
O diretor de
informação cessante da televisão pública, Nuno Santos, anunciou na quarta-feira
a sua demissão, rejeitando a acusação da administração de ter facultado "a
elementos estranhos à empresa" imagens dos confrontos entre a polícia e
manifestantes.
Na sexta-feira, em
declarações à agência Lusa, o presidente da Entidade Reguladora para a
Comunicação Social (ERC), Carlos Magno, confirmou que a administração da RTP
propôs Luís Marinho, diretor-geral de conteúdos da empresa, para assumir
interinamente, e cumulativamente, o cargo de diretor de informação da televisão
pública.
A administração da
RTP emitiu na quarta-feira um comunicado no qual afirma que os
"responsáveis da Direção de Informação facultaram a elementos estranhos à empresa"
imagens dos incidentes ocorridos a 14 de novembro e adianta que foi aberto um
inquérito.
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