A comunicação
jornalística e social enfrenta novamente um desafio extraordinário. Os sucessos
trágicos que dominaram a agenda, tanto na Palestina quanto em Santa Catarina ,
colocaram na vitrine, não só interesses manifestos de ocultar a realidade, como
uma condição pobre, ordinária e elementar de tratar os fatos.
De forma alguma a
morte pode ser tratada como espetáculo, e do mesmo jeito a violência em todas
suas manifestações. As manchetes e os parcos informes da grande mídia seguiram,
como de costume, a mecânica da venda de notícias, usando-se dos “produtos” mais
fáceis de serem comercializados: a vingança, a destruição, o moralismo e a
necessidade de punir. Os punidos são sempre os pobres, os excluídos, os
discriminados, os negros, os índios, os não ocidentais.
As trevas às que
submete a falta de crítica sustentada, diferente, diversa e alheia aos poderes
constituídos, exige dos veículos independentes um esforço muito grande para
garantir a versão dos invisíveis, equilíbrio, análises demoradas, partes e contrapartes
e uma linguagem diferente da transitada pelos monopólios.
A demanda é
gigantesca, a sociedade precisa exercer o controle do que se demonstra falido,
e para isso precisa saber, refletir e decidir por si de forma coletiva.
Florianópolis, 18
de novembro de 2012.
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