Apesar de toda
instabilidade política que o país enfrenta pós-conflito interno de 07 de junho
de 1998 a
1999, impõe-se a pergunta: vale continuar com as Forças Armadas no país?
Duas coisas merecem
ser lembradas diante desta pergunta. A primeira diz respeito ao seguinte: Se
alguém me perguntar se tu gostas das Forças Armadas, responderia que não. A
segunda: Se alguém me perguntar se tu gostas de viver num país sem a presença
de Forças Armadas também responderia que não. Quanto ao primeiro ponto, é claro
que sou contra a ação dos militares perante a sociedade civil, uma vez que só
se pautam no uso da força. As Forças Armadas Revolucionarias do Povo são o que
garante a soberania nacional do país. No mundo atual não é admitido que a
classe castrense seja quem dita às regras.
A Guiné-Bissau precisa fortalecer acordos para selecionar, treinar e pagar melhores salários para os militares. Talvez isso ajude a inibir os conflitos políticos e militares. Só através disso os militares deixariam de ser manipulados e/ou influenciados pelos políticos GABOLA, que só pensam em roubar o aparelho de Estado.
Um militar deve ser respeitado e não temido, mas nas ruas da cidade de Bissau,
os militares são temidos pelo seu comportamento agressivo. Temos de sair ás
ruas para repudiar tais condutas praticadas pelos militares.
Estamos perante uma ditadura militar, onde a voz do povo é silenciada pela
força das armas. Vamos fazer circulação pacífica espalhar cartazes por todo o lado
retratando a violência dos militares e dos políticos. Precisamos de PAZ, para
inibir a crise política que assolou o país desde o conflito interno de 07 de junho
de1998. Pois a indisciplina nas Forças Armadas é uma ameaça à Guiné-Bissau.
A crise política de 07 de junho em Bissau, que durou 11 meses, ceifou a vida a
milhares de pessoas, impuseram aos guineenses uma enorme tradição de
instabilidade política, cuja pesada herança poder ser vista debaixo da camada
mais recente de cultura de violência.
Recentemente teve um novo episódio em 21 de outubro de 2012, supostamente,
Pansau Ntchama dirigiu um ataque contra o quartel de pára-comandos que matou
seis pessoas, o fato é um reflexo da atual situação de instabilidade política
que o país atravessa, o acontecimento de 21 de outubro, nada mais é que uma
etapa de eventos que está em andamento.
Augusto A.
Augusto A.
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