Voz da América
Familiares de
Milocas Pereira não fizeram alarido na esperança para facilitar as
investigações policiais que no entanto não têm aportado nenhum elemento de importância
Quatro meses depois
da participação do desaparecimento em Luanda da jornalista Bissau-guineense
“Milocas” Pereira a polícia angolana continua as investigações.
A notícia do desaparecimento da jornalista só é tornada pública numa altura em os familiares que não queriam prejudicar as investigações policiais, perderem a esperança que a mesma esteja ainda viva.
Foram quatro meses de silêncio para a família Pereira. De Luanda até Lisboa passando por Bissau, há muito que, o desaparecimento de Ana Pereira vulgo Milocas Pereira era tema de conversa, mas ninguém quis anunciá-lo para não atrapalhar as investigações policiais em Luanda onde a vítima deixou de ser vista em meados de Julho.
O irmão da Milocas, Carlos Pereira já não aguentou e decidiu falar a Voz da América a partir de Lisboa onde reside.
“De lá não se pode estar assim a comentar e a dizer muita coisa, com o medo da retaliação da polícia angolana ou das autoridades angolanas, mas o que nos chega é isso, está desaparecida desde finais de Julho. Suspeitamos de muita coisa. Que ela tivesse dado com muita coisa e tivesse necessidade de fugir, de esconder ou que tenha havido alguma retaliação.”
A jornalista guineense de 58 anos vive em Luanda para onde se emigrou há oito anos, e tem ali leccionado jornalismo na Universidade Independente e no Instituto Superior Técnico Metropolitano. Milocas também notabilizou-se na sociedade angolana pelas suas análises sobre as crises políticas na Guiné-Bissau.
“Mesmo a nível da Rádio e a nível da TPA chamavam-na para comentar o assunto. E depois apanhou essa confusão toda do último conflito na Guiné com a missão da Missang que teve que sair e suspeitavam disso e daquilo, o receio é que ela tenha sido apanhada no meio dessa confusão toda.”
Domiciliada no Bairro do Benfica em Luanda, Milocas tem uma irmã mais nova que também reside na mesma cidade com que se contactava de vez em quando e em ocasiões de extrema necessidade.Por isso o primeiro alarme foi dado pela mãe que vive em Lisboa e com quem se contactava regularmente.
Desde a participação do seu desaparecimento há mais de quatro meses que se supõe que a polícia angolana esteja a levar a cabo as investigações.
“Foi-se uma vez à Polícia angolana para se identificar um cadáver que tinha aparecido por lá, mas que não tinha nada a ver com ela, e depois fizeram tudo. Apresentaram a dita queixa e as autoridades até agora, penso que não disseram nada. Mandaram aguardar.”
Em Bissau o governo Guineense diz que assim que tomou conta da ocorrência pediu imediatamente esclarecimentos ao governo angolano através dos canais diplomáticos.
A notícia do desaparecimento da jornalista só é tornada pública numa altura em os familiares que não queriam prejudicar as investigações policiais, perderem a esperança que a mesma esteja ainda viva.
Foram quatro meses de silêncio para a família Pereira. De Luanda até Lisboa passando por Bissau, há muito que, o desaparecimento de Ana Pereira vulgo Milocas Pereira era tema de conversa, mas ninguém quis anunciá-lo para não atrapalhar as investigações policiais em Luanda onde a vítima deixou de ser vista em meados de Julho.
O irmão da Milocas, Carlos Pereira já não aguentou e decidiu falar a Voz da América a partir de Lisboa onde reside.
“De lá não se pode estar assim a comentar e a dizer muita coisa, com o medo da retaliação da polícia angolana ou das autoridades angolanas, mas o que nos chega é isso, está desaparecida desde finais de Julho. Suspeitamos de muita coisa. Que ela tivesse dado com muita coisa e tivesse necessidade de fugir, de esconder ou que tenha havido alguma retaliação.”
A jornalista guineense de 58 anos vive em Luanda para onde se emigrou há oito anos, e tem ali leccionado jornalismo na Universidade Independente e no Instituto Superior Técnico Metropolitano. Milocas também notabilizou-se na sociedade angolana pelas suas análises sobre as crises políticas na Guiné-Bissau.
“Mesmo a nível da Rádio e a nível da TPA chamavam-na para comentar o assunto. E depois apanhou essa confusão toda do último conflito na Guiné com a missão da Missang que teve que sair e suspeitavam disso e daquilo, o receio é que ela tenha sido apanhada no meio dessa confusão toda.”
Domiciliada no Bairro do Benfica em Luanda, Milocas tem uma irmã mais nova que também reside na mesma cidade com que se contactava de vez em quando e em ocasiões de extrema necessidade.Por isso o primeiro alarme foi dado pela mãe que vive em Lisboa e com quem se contactava regularmente.
Desde a participação do seu desaparecimento há mais de quatro meses que se supõe que a polícia angolana esteja a levar a cabo as investigações.
“Foi-se uma vez à Polícia angolana para se identificar um cadáver que tinha aparecido por lá, mas que não tinha nada a ver com ela, e depois fizeram tudo. Apresentaram a dita queixa e as autoridades até agora, penso que não disseram nada. Mandaram aguardar.”
Em Bissau o governo Guineense diz que assim que tomou conta da ocorrência pediu imediatamente esclarecimentos ao governo angolano através dos canais diplomáticos.
O Secretário de Estado das Comunidades Guineense, Idelfrides Fernandes confirmou isso mesmo à Voz da América a partir de Dacar, onde se encontra em missão de serviço.
“A nossa representação diplomática já entrou em contacto com o ministério do interior que me informou que não há nenhum registo da saída de Milocas Pereira para o exterior. Fora de Angola. Nesta situação pedimos um inquérito para poder apurar a situação real.”
Segundo o Secretário de Estado Idelfrides Fernades, desde então tem seguido de perto o assunto e o último contacto que ainda teve com a representação diplomática guineense em Luanda remonta há três semanas.
A Voz da América contactou também a polícia angolana, que remeteu para a sua jurisdição de Luanda toda a informação sobre o caso. A nossa reportagem não foi no entanto bem-sucedida nos contactos que teve depois, com o departamento policial de Luanda, mas prometemos acompanhar este caso nos próximos dias.
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