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ALGUNS transportes
da rota Baixa-Benfica paralisaram temporariamente a actividade ontem,
contrariados pela acção da Polícia Municipal por aplicar multas devido ao
encurtamento de rotas.
Os “chapeiros”
alegam que a Polícia os autua por encurtamento de rota quando às primeiras
horas do dia eles abandonam a terminal da baixa da cidade vazios, supostamente
por não existirem passageiros, começando a embarcar na zona da Brigada Montada,
no início da Estrada Nacional número um (EN1).
Nesse sentido e
para pressionar as autoridades municiais a abrandarem a pressão contra os
encurtamentos, os transportadores parquearam as suas viaturas, na sua maioria
de 15 lugares, na zona de 25 de Junho e no Benfica, a partir das 9.00 horas de
ontem.
Como resultado,
centenas de passageiros que pretendiam se deslocar de um ponto ao outro entre
Baixa e Benfica ficaram horas a fio nas paragens e na sua maioria nem sequer
sabiam das razões por detrás do fenómeno.
De acordo com os
“chapeiros”, às primeiras horas do dia não há passageiros que pretendam sair do
centro da cidade em direcção à Benfica, pelo que se limitam, como disseram, em
desembarcar os que vêm da periferia, saindo vazios até à zona da Brigada
Montada, onde começam a entrar passageiros. Ao que contaram, é nessa altura que
a Polícia Municipal aplica multas, acusando-os de estarem a encurtar a rota.
Entretanto, a
alegação dos condutores do “chapa” foi categoricamente desmentida por alguns
munícipes entrevistadas ontem nas terminais da baixa que disseram viver
diariamente o drama de chapas que, com a vinheta indicando Baixa-Benfica, só
embarcam passageiros que vão até à Brigada Montada e de lá outros para Benfica.
Lázaro Valoi,
porta-voz da Polícia Municipal, desdramatizou a situação, explicando que a
confusão começou quando três “chapeiros” que partiam de Benfica tentaram
desembarcar todos os passageiros na Brigada Montada e foram surpreendidos pelas
autoridades que os penalizou em mil meticais cada. Em jeito de retaliação,
começaram a influenciar os seus companheiros para que paralisassem a
actividade, o que aconteceu por algumas horas.
Os transportadores
que aderiram à acção, acabaram por retomar paulatinamente o trabalho e já à
tarde a situação tinha sido normalizada.
Aquela não foi a
primeira vez que os “chapeiros” de uma determinada rota de Maputo ou Matola
paralisaram o trabalho, alegando a “perseguição” da Polícia Municipal. O
fenómeno vai se tornando cada vez mais frequente, numa altura em que os dois
municípios ainda não dispõem de empresas públicas à altura de fazer face à
grande demanda de transporte.
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