NME – VM - Lusa
Luanda, 03 dez
(Lusa) - A UNITA (oposição) exortou hoje os angolanos a "planearem uma
série de ações políticas e sociais" que visam aumentar o seu nível de
participação na "defesa da democracia, dos direitos humanos e da
Constituição".
O apelo foi feito
pelo líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA),
Isaías Samakuva, quando procedia à abertura da sua II reunião da Comissão
Política, em que deverão ser avaliadas e aprovadas medidas políticas a serem
tomadas por aquela formação partidária.
Segundo Isaías
Samakuva, chegam à UNITA mensagens dos cidadãos sobre a insatisfação com o
atual quadro político e social do país, cujas reivindicações não são expostas
porque as pessoas "precisam de ganhar o pão".
"Mas sabemos
que, na vida de uma nação, chega um momento em que todos precisam de agir. Cada
um no seu lugar. Este momento é agora. Vamos começar a planear agora uma série
de ações políticas e sociais, para aumentarmos o nosso nível de participação na
defesa da democracia, dos direitos humanos e da Constituição", referiu
Isaías Samakuva.
O político apelou à
"consciência nacional" de todos os angolanos para
"salvarem" Angola e garantirem um futuro melhor para as crianças.
"Apelo aos
patriotas da administração pública, aos trabalhadores, aos dirigentes e quadros
políticos, aos sindicalistas, comerciantes e consumidores, patrões e
empregados, ricos e pobres, políticos e não políticos, a todos: apelo a que se
libertem do medo. Vamos reivindicar os nossos direitos e exigir que o executivo
cumpra a Constituição e a lei", acrescentou o líder da UNITA.
Isaías Samakuva
apelou ainda aos angolanos a não aceitarem o "conformismo",
incentivando-os a demonstrarem o seu "direito à indignação".
"Lutemos
contra o medo. O povo deve reivindicar o seu direito à água, à luz sem falhar,
o seu direito de não ser governado por um Governo corrupto, o seu direito a um
salário digno, o seu direito a uma vida digna", sublinhou.
Neste encontro, que
termina na quarta-feira, a UNITA vai analisar o desempenho do partido na aplicação
das estratégias definidas pelo XI congresso, realizado há cerca de um ano, e
definir o calendário de ações políticas para o ano 2013, "no quadro da
luta dos angolanos por uma Angola mais justa e solidária".
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