Correio do Brasil,
com Reuters - de Cidade do México
Enrique Peña Nieto
assumiu a presidência do México neste sábado, dando nova oportunidade ao
partido que moldou o México moderno, caso consiga por fim a anos de violência e
desempenho econômico ruim.
Com o retorno ao
poder do Partido Revolucionário Institucional (PRI), após 12 anos de hiato,
Peña Nieto, 46 anos, visa usar a melhora recente nas perspectivas da economia
para impulsionar o crescimento mais rápido do país.
O então presidente
Felipe Calderón transferiu formalmente neste sábado o poder a seu sucessor.
“Hoje começo a desempenhar a honrada função de presidente”, disse Peña Nieto.
Nichos de
manifestantes de grupos de esquerda entraram em conflito com a polícia na
capital depois da posse, alguns arremessando coquetéis Molotov em barreiras
próximo ao Congresso numa tentativa de interromper a cerimônia de juramento e o
discurso inaugural no início deste sábado.
O ex-governador do
Estado do México Peña Nieto ganhou a eleição em 1 de julho com cerca de 38% dos
votos, mais de 6% à frente do segundo colocado, o esquerdista Andres Manuel
Lopez Obrador.
Fotogênico e casado
com uma atriz popular, Peña Nieto promete restaurar a calma depois que mais de
60 mil pessoas foram mortas em conflitos entre gangues do tráfico de drogas e
forças de segurança durante o mandato de seis anos de seu antecessor.
O crescimento
econômico anual do país teve uma média de menos de 2% sob o Partido da Ação
Nacional (PAN) durante os últimos 12 anos. Esses dados e crescentes
preocupações com a guerra do tráfico abriram a porta para o retorno do PRI sob
Peña Nieto.
Ainda assim, a
inflação tem sido mantida sob controle, os níveis de dívida estão baixos e o
crescimento se recuperou no fim do mandato de Calderón, com a economia do país
superando o crescimento brasileiro nos últimos dois anos.
O círculo de Peña
Nieto é formado por vários economistas jovens e ambiciosos e especialistas
financeiros ávidos para provar que o PRI pode fazer um trabalho melhor na
administração da segunda maior economia da América Latina.
Em boa parte do
domínio do PRI, o México teve crescimento mais forte do que o PAN, mas as
memórias do calote da dívida do país em 1982 e do colapso financeiro em 1994 e
1995 ainda persistem.
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