segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Governo são-tomense demite direção da TV pública e coloca polícia nas instalações

 


MYB – VM – Lusa, com foto Téla Nón
 
O Governo são-tomense demitiu toda a direção da Televisão são-tomense (TVS), tendo nomeado uma comissão provisória para num período de 45 dias assegurar a gestão da única televisão do arquipélago.
 
Num despacho conjunto assinado pelo primeiro-ministro Patrice Trovoada e pelo ministro secretário-geral do Governo, Afonso Varela, que tutela a comunicação social, o executivo justifica a decisão com a "insuportável situação prevalecente na estação".
 
O despacho conjunto do Governo refere ainda que a TVS são-tomense vive uma "situação geradora de elevado grau de indisciplina, desmando e desordem". Por isso demitiu com "efeito imediato" Óscar d'Almeida Medeiros, que nos últimos dois anos coordenou a televisão pública e toda a sua equipa.
 
Maximino Carlos, diretor da Rádio Nacional está a exercer cumulativamente o cargo na televisão.
 
O despacho do Governo foi tornado público logo a seguir a "um pedido de desculpas formal" feito em direto durante o telejornal de domingo, pelo ministro secretário-geral do governo, Afonso Varela.
 
O pedido de desculpas surge na sequência de um incidente registado na noite de sábado, que impediu a apresentação do Telejornal.
 
Este incidente, segundo fontes da televisão pública, teve origem na recusa da direção do canal em permitir um direito de resposta por parte da oposição, em relação a acusações do executivo no dia anterior.
 
No mesmo despacho, o Governo cria uma comissão de inquérito para averiguar as causas do incidente da noite de sábado e proíbe a entrada de dois jornalistas e um técnico da estação nas instalações da televisão, que neste momento estão a ser guardadas por três agentes policiais.
 

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