MYB – VM – Lusa,
com foto Téla Nón
O Governo
são-tomense demitiu toda a direção da Televisão são-tomense (TVS), tendo
nomeado uma comissão provisória para num período de 45 dias assegurar a gestão
da única televisão do arquipélago.
Num despacho
conjunto assinado pelo primeiro-ministro Patrice Trovoada e pelo ministro
secretário-geral do Governo, Afonso Varela, que tutela a comunicação social, o
executivo justifica a decisão com a "insuportável situação prevalecente na
estação".
O despacho conjunto
do Governo refere ainda que a TVS são-tomense vive uma "situação geradora
de elevado grau de indisciplina, desmando e desordem". Por isso demitiu
com "efeito imediato" Óscar d'Almeida Medeiros, que nos últimos dois
anos coordenou a televisão pública e toda a sua equipa.
Maximino Carlos,
diretor da Rádio Nacional está a exercer cumulativamente o cargo na televisão.
O despacho do
Governo foi tornado público logo a seguir a "um pedido de desculpas
formal" feito em direto durante o telejornal de domingo, pelo ministro
secretário-geral do governo, Afonso Varela.
O pedido de
desculpas surge na sequência de um incidente registado na noite de sábado, que
impediu a apresentação do Telejornal.
Este incidente,
segundo fontes da televisão pública, teve origem na recusa da direção do canal
em permitir um direito de resposta por parte da oposição, em relação a
acusações do executivo no dia anterior.
No mesmo despacho,
o Governo cria uma comissão de inquérito para averiguar as causas do incidente
da noite de sábado e proíbe a entrada de dois jornalistas e um técnico da
estação nas instalações da televisão, que neste momento estão a ser guardadas
por três agentes policiais.
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