Missão
internacional à Guiné-Bissau adiada por ausência de CEDEAO
17 de Dezembro de
2012, 13:30
Bissau, 17 dez
(Lusa) - O início da missão de vários organismos internacionais que vai
inteirar-se da situação na Guiné-Bissau, previsto para hoje, foi adiado por 24
horas devido à ausência da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO), disse fonte oficial.
A missão,
organizada pela União Africana (UA), compreende também, além da CEDAO, a ONU, a
União Europeia e a Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP).
Todos os elementos das várias entidades já chegaram a Bissau com exceção da
CEDEAO.
Para hoje estava
prevista uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de
transição, Faustino Imbali, mas foi adiada para terça-feira de manhã, visto que
se espera a chegada da delegação da CEDEAO na tarde de hoje.
A missão destina-se
a conhecer a situação da Guiné-Bissau oito meses depois de um golpe de Estado
que depôs os dirigentes eleitos.
O Governo de
transição não é reconhecido pela maior parte da comunidade internacional.
Nomeadamente a CPLP tem exigido o regresso do país à normalidade
constitucional, sendo a primeira vez que uma delegação desta entidade se
desloca a Bissau depois do golpe de Estado de 12 de abril.
Pelo contrário, a
CEDAO tem apoiado as autoridades de transição.
A decisão de enviar
a missão a Bissau foi tomada no início do mês em Adis Abeba, sede da União
Africana, disse na semana passada o representante na capital guineense destaa
organização, Ovideo Pequeno.
"A missão vem
ver com as autoridades de transição, com a sociedade civil, com o povo em geral,
com os movimentos sociais do país, as possibilidades de se ter uma dinâmica
local daquilo que se está a passar e apresentar recomendações que possam servir
de base a um trabalho harmonizado da comunidade internacional", explicou
na altura.
FP // HB
Primeira mulher
eleita para dirigir um clube de futebol na Guiné-Bissau
17 de Dezembro de
2012, 11:48
Bissau, 17 dez
(Lusa) - A jornalista Maria da Conceição Évora será a primeira mulher a dirigir
um clube de futebol na Guiné-Bissau, depois de ter sido eleita presidente do
Atlético Clube de Bissorã, atual campeão do país.
Antiga jornalista
da Radiodifusão Nacional, Conceição Évora, mais conhecida no país por São
Évora, disse que este é "um desafio enorme".
"É um desafio
enorme para mim, mas também uma responsabilidade porque serei o rosto das
mulheres guineenses neste desafio de liderar um clube de futebol", afirmou
Conceição Évora, de 48 anos, eleita no domingo.
A primeira tarefa
de São Évora, enquanto presidente do Atlético Clube de Bissorã, será preparar a
equipa sénior para o jogo da Supertaça da Guiné-Bissau, a 27 de dezembro,
diante do Desportivo de Mansabá.
A responsável diz
que vai falar primeiro com o seu antecessor no cargo, Manuel Nascimento Lopes,
atual presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, e só depois
concentrar-se na preparação do jogo da Supertaça.
Após 63 anos de
existência, o Atlético Clube de Bissorã sagrou-se campeão da Guiné-Bissau na
época 2010/11, última vez que se realizou o campeonato por motivos
organizacionais.
Em 2007, após a
saída do então treinador, a responsável pela cozinha do clube, Domingas Helena,
mas conhecida por Mana Mingas, treinou a equipa de Bissorã durante algumas
jornadas, sendo na altura a primeira mulher a treinar uma equipa de futebol
sénior na Guiné-Bissau.
MB // NFO.
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