IEL – SMA - Lusa
Cidade da Praia, 03
dez (Lusa) - O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reuniu-se hoje com
representantes de empresas portuguesas presentes em Cabo Verde e defendeu
que este país pode funcionar como uma plataforma para a costa ocidental
africana.
Em declarações aos
jornalistas, na Cidade da Praia, o primeiro-ministro considerou que a presença empresarial
portuguesa em África "tem vindo a aumentar de forma significativa" e
aconselhou as empresas de menor dimensão a articularem-se para entrar em novos
mercados.
Pedro Passos
Coelho, que se encontra em
Cabo Verde desde sábado, esteve reunido hoje de manhã, num
hotel da Cidade da Praia, com cerca de 30 empresários portugueses de setores
como a banca, a hotelaria, as obras públicas e os materiais de construção.
Este encontro
realizou-se à porta fechada, durante mais de uma hora e meia, e no final o
primeiro-ministro não quis prestar declarações à comunicação social.
No entanto, depois
de visitar a Câmara Municipal da Cidade da Praia e uma mostra de artesanato
cabo-verdiano, questionado pelos jornalistas Passos Coelho falou sobre esse
encontro com empresários, do qual disse ter levado "várias mensagens, quer
para os negócios estrangeiros, quer para a economia", e também
relacionadas com a fiscalidade.
O primeiro-ministro
referiu que essa reunião com empresários teve como objetivo "ouvir a
perspetiva dos empresários portugueses" sobre a sua presença em Cabo Verde e sobre a
possibilidade de a estenderem a países da costa ocidental africana.
"Cabo Verde
pode funcionar como uma plataforma muito importante e interessante para vários
países da costa ocidental africana, que têm níveis de crescimento bastante
importantes e uma necessidade de investimento em áreas para as quais as
empresas portugueses têm um grande 'know how' e uma grande 'expertise'",
defendeu.
Passos Coelho
apontou como exemplo as áreas da construção civil, energia, tecnologias da
informação, distribuição, turismo e saúde.
"Estamos a
falar da possibilidade de aumentar mais ainda o nível de penetração de
exportações portuguesas, mas também de investimentos portugueses, de uma forma
associada a interesses cabo-verdianos e de outros países de língua
portuguesa", acrescentou.
Segundo o
primeiro-ministro, as "empresas de menor dimensão, que sozinhas teriam
mais dificuldade em abordar mercados muito vastos e de grande dimensão",
terão vantagem em agir "de uma forma mais concertada e mais ligada",
através de "uma visão estratégica que as leve em conjunto para esses
mercados".
Passos Coelho
chegou a Cabo Verde no sábado, para participar na II Cimeira
Luso-Cabo-verdiana, que se realizou no Mindelo, no domingo, e regressa hoje à
noite a Lisboa.
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