segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Passos Coelho defende que Cabo Verde pode ser plataforma para a África ocidental

 

IEL – SMA - Lusa
 
Cidade da Praia, 03 dez (Lusa) - O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reuniu-se hoje com representantes de empresas portuguesas presentes em Cabo Verde e defendeu que este país pode funcionar como uma plataforma para a costa ocidental africana.
 
Em declarações aos jornalistas, na Cidade da Praia, o primeiro-ministro considerou que a presença empresarial portuguesa em África "tem vindo a aumentar de forma significativa" e aconselhou as empresas de menor dimensão a articularem-se para entrar em novos mercados.
 
Pedro Passos Coelho, que se encontra em Cabo Verde desde sábado, esteve reunido hoje de manhã, num hotel da Cidade da Praia, com cerca de 30 empresários portugueses de setores como a banca, a hotelaria, as obras públicas e os materiais de construção.
 
Este encontro realizou-se à porta fechada, durante mais de uma hora e meia, e no final o primeiro-ministro não quis prestar declarações à comunicação social.
 
No entanto, depois de visitar a Câmara Municipal da Cidade da Praia e uma mostra de artesanato cabo-verdiano, questionado pelos jornalistas Passos Coelho falou sobre esse encontro com empresários, do qual disse ter levado "várias mensagens, quer para os negócios estrangeiros, quer para a economia", e também relacionadas com a fiscalidade.
 
O primeiro-ministro referiu que essa reunião com empresários teve como objetivo "ouvir a perspetiva dos empresários portugueses" sobre a sua presença em Cabo Verde e sobre a possibilidade de a estenderem a países da costa ocidental africana.
 
"Cabo Verde pode funcionar como uma plataforma muito importante e interessante para vários países da costa ocidental africana, que têm níveis de crescimento bastante importantes e uma necessidade de investimento em áreas para as quais as empresas portugueses têm um grande 'know how' e uma grande 'expertise'", defendeu.
 
Passos Coelho apontou como exemplo as áreas da construção civil, energia, tecnologias da informação, distribuição, turismo e saúde.
 
"Estamos a falar da possibilidade de aumentar mais ainda o nível de penetração de exportações portuguesas, mas também de investimentos portugueses, de uma forma associada a interesses cabo-verdianos e de outros países de língua portuguesa", acrescentou.
 
Segundo o primeiro-ministro, as "empresas de menor dimensão, que sozinhas teriam mais dificuldade em abordar mercados muito vastos e de grande dimensão", terão vantagem em agir "de uma forma mais concertada e mais ligada", através de "uma visão estratégica que as leve em conjunto para esses mercados".
 
Passos Coelho chegou a Cabo Verde no sábado, para participar na II Cimeira Luso-Cabo-verdiana, que se realizou no Mindelo, no domingo, e regressa hoje à noite a Lisboa.
 

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