JM (SCA) EJ – Lusa –
foto Anna Volkova/EPA File
Maria Alekhina, um
dos dois elementos do grupo russo punk-rock "Pussy Riot" a cumprir
dois anos de prisão, foi transferida para uma cela de castigo para reeducação,
informaram hoje os serviços
Um funcionário dos
serviços prisionais de Perm, nos Urais, declarou à agência noticiosa russa
Interfax que está a ser realizado um trabalho educativo individual com
Alekhina, mas acrescentou que a detida vai ficar numa cela isolada até que a
direção do presídio tome outra decisão.
"Ela irá ficar
lá enquanto não tomar outra decisão, ou até que a direção não tome outra
decisão", frisou.
"Com a reclusa
Alekhina está a ser realizado um trabalho individual de educação para que se
adapte ao coletivo. Na equipa em que foi integrada reina um clima psicológico
normal, mas ela ainda se encontra num lugar seguro no território da
prisão", precisou o funcionário.
Alekhina, de 24
anos, foi castigada esta semana por se levantar com 20 minutos de atraso, um
dos habituais motivos de sanção no estabelecimento prisional.
As jovens do grupo
‘punk’ feminino entraram encapuzadas em fevereiro passado na catedral do Cristo
Redentor (ortodoxa) em Moscovo e cantaram uma canção de protesto na qual pediam
à Virgem para “perseguir” o Presidente russo, Vladimir Putin.
As três jovens
foram condenadas no passado dia 17 de agosto a dois anos de prisão por um
tribunal de Moscovo por "vandalismo" e "incitamento ao ódio
religioso".
Em outubro passado,
Ekaterina Samutzevich, de 30 anos, foi libertada, mas as jovens Nadejda
Tolokonnikova e Maria Alekhina foram transferidas para campos de detenção
distantes de Moscovo.
A cidade de Perm
fez parte da rede de campos de trabalho soviéticos ou Gulag e situa-se a mais
de 1.400 quilómetros de Moscovo.
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