sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Grécia: LISTA LAGARDE INCENDEIA PARTIDOS



To Ethnos, To Vima - Presseurop

É “a guerra em torno da lista Lagarde”, titula To Ethnos. O antigo ministro das Finanças Georges Papaconstantinou, acusado de retirar nomes de parentes seus da lista de titulares de contas na Suíça, vai em breve ser alvo de inquérito parlamentar. Mas a coligação da esquerda radical SYRIZA acusa publicamente Evangelos Venizelos, o atual secretário-geral do PASOK (socialista) e o antigo ministro das Finanças de também terem tentado encobrir esta lista.

Para Ta Nea, esta “polarização partidária” pode fazer explodir certas formações políticas, em particular o PASOK, no centro deste escândalo e com uma taxa de popularidade que passou dos 49% para os 7% entre as eleições de 2009 e as de 2012. “O partido que apoiou o Governo de coligação espera o apoio do primeiro-ministro”, nota o diário.

Mas a “civilização política impõe um inquérito às figuras políticas” nomeadas nesta lista, considera, por seu turno, To Vima:

Este caso reflete os costumes do poder e revela as atitudes que prevalecem na gestão dos assuntos. Para inúmeros observadores, este caso pôs em evidência o problema político de base do país, que mais não é do que o estatuto de arbitrariedade dos políticos e a proteção dos mais poderosos. No entanto, é extremamente importante apurar responsabilidades, sejam elas penais ou civis, sem paralisar o Governo e sem o desviar da sua principal missão de estabilizar a economia, conseguir a retoma e o desenvolvimento. [...] O Governo e os partidos políticos, sem exceção, devem proteger o clima de estabilidade económica, o que não invalida que não sejam interrogados ao pormenor sobre o escândalo político provocado pela lista Lagarde.

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