FP – JMR - Lusa
Bissau, 15 jan
(Lusa) - A Guiné-Bissau tornou-se hoje o primeiro país, depois de Portugal, a
receber a exposição "Alfabeto do Desenvolvimento", uma iniciativa de
várias organizações portuguesas destinada a sensibilizar para questões como o
desenvolvimento e a cidadania.
Apresentada em
Lisboa em outubro do ano passado e percorrendo depois várias regiões do país, a
exposição, que é também um livro e um catálogo, juntou o trabalho de
jornalistas, fotojornalistas e académicos à volta de 26 palavras, cada uma delas
correspondendo a uma letra do alfabeto e relacionada com o desenvolvimento.
Hoje, em Bissau, no
mês em que se assinala o 40.º aniversário da morte de Amílcar Cabral,
inaugurou-se o primeiro de 10 dias da exposição, que em breve deverá rumar a S.
Tomé e Príncipe, como disse à Lusa a diretora da Associação para a Cooperação
entre os Povos (ACEP), Fátima Proença.
"Neste momento
em que a Guiné-Bissau vive novamente um período complicado da sua história, o
trazer aqui esta exposição, que nos desafia a todos a pensar, a refletir e a
procurar caminhos, é uma manifestação do reconhecimento que temos pela grande
coragem cívica e grande empenhamento de muita gente neste país", aliada ao
facto de se assinalarem 40 anos da morte de Amílcar Cabral, explicou a responsável
da associação portuguesa.
O percurso lógico
da exposição, que em Portugal esteve patente em 10 universidades, será depois
S. Tomé e Príncipe, onde a ACEP está a desenvolver a segunda fase de um projeto
que tem como tema as políticas públicas para o desenvolvimento, passando depois
para Cabo Verde.
Além da ACEP, a
exposição é uma iniciativa do Centro de Estudos sobre África e do
Desenvolvimento (CESA) e da Associação In Loco, Desenvolvimento e Cidadania.
"É um trabalho
de contribuições de forma criativa e inovadora sobre o desenvolvimento e a
cidadania em Portugal e no Mundo. É tentar, seguindo as letras do alfabeto
(começando em A, com Água e terminando em Z, com Zapping) identificar temas que
nos traduzam uma visão de desenvolvimento", resumiu Fátima Proença.
E o objetivo,
acrescentou, é o de "conseguir criar pontes entre maneiras diferentes de
olhar o mundo e de ter a noção de que o mundo não é só Portugal".
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