quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Manifestação. Reformados e Pensionistas juntam-se sábado contra os cortes nas pensões




Jornal i - Lusa

A Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe!) vai juntar-se à manifestação de 02 de março por estar contra os cortes nas pensões e entende que o Estado não tem legitimidade para mexer nas reformas.

Em declarações à agência Lusa, um dos membros da APRe! explicou que esta é uma organização que nasceu em finais de outubro de 2012 em consequência direta das medidas anunciadas na primeira proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2013 porque entenderam que havia medidas penalizadoras para os reformados.

De acordo com Vitor Ferreira, desde o nascimento da associação que a adesão ao movimento tem sido crescente, com os associados a “pressionarem” a associação para a organização de uma manifestação de reformados, de modo a poderem protestar contras as medidas anunciadas no OE.

Daí até à adesão à manifestação do dia 02 de março, promovida pelo movimento “Que se lixe a Troika” para pedir “o fim” da austeridade e do empobrecimento do país e se replica em mais de 40 cidades do país, foi um passo.

Para a APRe!, o Estado não tem legitimidade para cortar nas pensões, já que está apenas a devolver aquilo que todos os pensionistas entregaram ao longo das suas carreiras contributivas.

“O que temos são reformados e pensionistas com longuíssimas carreiras contributivas e essas pessoas entendem que fizeram uma transferência para o Estado de um determinado montante ao longo das suas carreiras, valor esse que foi capitalizado e que foi em cúmulo com aquilo que era a quota dos nossos patrões e entendemos que esse dinheiro é propriedade nossa, logo o Estado só está como fiel gestor desse dinheiro”, explicou Vítor Ferreira.

De acordo com o membro da associação, os pensionistas e reformados não se veem como uma despesa para o Estado e estão determinados em reclamar aquilo que entendem ser seu por direito.

Lembrou, por outro lado, que pensionistas e reformados, nunca reclamaram as alterações feitas à lei de bases da segurança social.

“Aquilo que legitimamente o Estado determinou, que era o contrato que fez connosco, nós entendemos que o Estado o deve cumprir e reclamamo-nos credores do Estado desse valor”, acrescentou.

Vitor Ferreira disse que têm atualmente um gabinete jurídico a estudar e avaliar a possibilidade da associação poder interpor ações contra o Estado.

De acordo com o membro da APRe!, a associação vai estar representada nas manifestações de sábado marcadas para Lisboa, Porto, Coimbra, Leiria e Faro.

Leia também:

Sem comentários:

Mais lidas da semana