Público - Lusa
Dos cinco
principais bancos saíram mais de 1500 trabalhadores em 2012. A vaga de
despedimentos no sector continua este ano.
Os trabalhadores da
banca vão voltar a ser afectados pelo desemprego em 2013, com a saída já
esperada de, pelo menos, 700 funcionários, de acordo com os planos de
emagrecimento das instituições já conhecidos.
Em 2012, mais de
1500 funcionários saíram dos cinco principais bancos (BCP, BES, BPI, Caixa
Geral de Depósitos e Santander Totta), a que se somaram mais de 500 do Banif,
200 do Barclays e 99 do BIC (que dispensou estes trabalhadores que pertenciam
ao ex-BPN).
Para 2013, o corte
de custos com pessoal vai continuar num momento em que os bancos têm de se
reestruturar, não só para fazer face ao clima de recessão, mas também para
cumprir eventuais imposições da troika como contrapartida às
injecções de capital público.
Depois de em 2012 o
BCP ter terminado com menos 977 trabalhadores em Portugal (dos quais 626
através do programa de rescisões amigáveis), este ano o banco prevê reduzir o
número de trabalhadores entre 200 a 250.
O presidente do
BCP, Nuno Amado, disse que até 2017 (enquanto o banco estiver a ser alvo de
recapitalização pública), é objectivo da gestão proceder a “saídas naturais de
200 a 250 pessoas por ano” devido à menor procura de serviços bancários e ao
uso crescente de meios electrónicos pelos clientes.
Ainda assim, Nuno
Amado não pôs completamente de parte um processo mais agressivo de saída de
colaboradores: “Isto não quer dizer que, se as condições de enquadramento se
alterarem ou se houver alguma outra evolução, as coisas não tenham de ser ajustadas”.
Também o BES quer
reduzir um número considerável de trabalhadores este ano. O presidente do
banco, Ricardo Salgado, disse na apresentação de resultados do grupo que o BES
quer cortar este ano 224 trabalhadores em Portugal através de rescisões amigáveis
e de reformas. O ano passado, o banco perdeu 136 trabalhadores.
Já a Caixa Geral de
Depósitos (CGD) e o BPI também prevêem fazer reduções de pessoal em 2013, mas
sem adiantar números.
O banco liderado
por Fernando Ulrich acabou 2012 com menos 258 trabalhadores, ao passo que no
banco público saíram mais de 100. O presidente da instituição, José de Matos,
disse na apresentação de contas anual que quer continuar a reduzir pessoal, mas
sem recorrer a uma “política de despedimentos agressiva”.
No Santander Totta,
de onde saíram 110 trabalhadores em 2012, a intenção é que saiam mais 90 este
ano.
Por fim, o Barclays
também está a diminuir os recursos humanos que tem em Portugal,
devendo anunciar esta terça-feira o encerramento de cerca de 100 agências e a
redução de, pelo menos, 300 trabalhadores.
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