sábado, 30 de março de 2013

POLÍCIA ANGOLANA ACUSADA DE TENTAR REPRIMIR MANIFESTANTES

 


 
O local da concentração escolhido, defronte do cemitério de Santa Ana, à frente do comando provincial da polícia nacional, encontra-se sob total controlo de dezenas de polícias, entre os quais agentes de polícia de intervenção rápida e polícia a cavalo.
 
Os jornalistas foram impedidos de trabalhar e obrigados a afastarem-se do local, e um número indeterminado de manifestantes, que começou a concentrar-se a partir das 10:00 da manhã de hoje, estavam cerca do meio-dia a dirigir-se para o local da manifestação.
 
A intenção dos organizadores da manifestação é protestar contra o desaparecimento de dois jovens angolanos, a 27 de maio do ano passado, que participavam num protesto.
 
Isaías Cassule e António Alves Kamulingue desapareceram após uma manifestação de veteranos organizada nessa data, em Luanda.
 
O desaparecimento é referido no relatório que a organização Human Rights Watch (HRW) enviou ao Conselho dos Direitos Humanos da ONU sobre Angola.
 
Em dezembro, após uma reunião com familiares dos dois desaparecidos, o Governo angolano anunciou uma investigação ao ocorrido, mas a HRW afirmou desconhecer qualquer avanço desde então.
 
"Não sabemos se estão vivos ou mortos. Tornou-se um hábito o desaparecimento de pessoas sem explicações", afirmou o ativista, que deixou um apelo aos 'media' internacionais para darem voz ao "protesto pacífico" de dia 30.
 
"Vamos gritar que basta de violência, de sequestros, de prisões arbitrárias", disse o mesmo elemento, acrescentando que os organizadores deram a conhecer ao governo provincial "há mais de uma semana" a realização da manifestação.
 
Este não é o primeiro protesto contra o desaparecimento dos dois angolanos. No passado dia 22 de dezembro, a polícia reprimiu uma manifestação organizada em Luanda para exigir uma explicação oficial sobre o paradeiro de Cassule e Kamulingue, refere o relatório da HWR.
 

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