quarta-feira, 17 de abril de 2013

A AMEAÇA




Rui Peralta, Luanda

I - O Wall Street Journal publicou recentemente um interessante trabalho sobre o programa conjunto USA / Coreia do Sul (ver fontes). Em determinado momento um oficial superior da administração Obama declara: "The concern was that we were heightening the prospect of misperceptions on the part of the North Koreans, and that that could lead to miscalculations." Ora este é um dos pontos que não é explicado aos consumidores de notícias (vulgo todos nós) que ficamos perplexos com a atitude do líder norte-coreano.
É evidente que os norte-coreanos podem interpretar erroneamente algumas questões relacionadas com o programa conjunto entre os USA e a Coreia do Sul, que entre outras acções, invoca exercícios conjuntos de simulação para ocupação do norte da Coreia, ataques nucleares concisos e eliminação física do presidente norte-coreano. A preocupação do oficial da administração Obama tem razão de ser. Os norte-coreanos podem interpretar mal programa conjunto.
Vamos supor que o México e a Federação Russa elaboram um programa conjunto de cooperação militar, que inclua exercícios conjuntos simulando a eliminação física do presidente dos USA, ataques concisos nucleares a território norte-americano e ocupação do mesmo, a partir do território mexicano. Não será que os norte-americanos iriam reagir com base numa provável má interpretação? (Como foi que reagiram durante a crise dos mísseis em Cuba? Recordam-se?).

II - O problema é que os meios de comunicação nunca focaram esta questão, limitando-se às ameaças norte-coreanas, mas nunca debruçando-se sobre o que causou este comportamento. E não apenas este comportamento.

A opção nuclear da Coreia do Norte é absolutamente realista não só no plano militar defensivo, mas também ao nível económico, uma vez que torna o país menos dependente dos factores externos energéticos. Ou seja o nuclear, neste sentido, é absolutamente aceitável, pois é uma questão de soberania. Por um lado é uma opção energética viável e que poderá solucionar problemas de diversa ordem aos norte-coreanos, demasiado dependentes do fornecimento petrolífero por parte da China e da Rússia. Por outro lado, perante os programas de cooperação militar ente os USA e a Coreia do Sul, que utilizam abertamente a opção nuclear militar, é absolutamente razoável que os norte-coreanos procurem uma resposta á altura dos meios empregues pelos seus adversários do Sul.

Por muto que o Secretário norte-americano da Defesa, Chuck Hagel, esforce-se por passar a mensagem que o programa de cooperação militar não é uma provocação (not provocative), um facto é que isso não explica questões como a do OPLAN 5029, um plano operacional, cujo cenário é um colapso do regime norte-coreano. E por muito que Chuck Hagel tente explicar isso aos norte-coreanos, torna-se impossível explicar as afirmações publicas de oficiais superiores sul-coreanos e de altos funcionários do Ministério sul-coreano da Defesa que consideraram a morte de Kim Jong- Il uma vulnerabilidade do regime, devendo ter sido aproveitada para se passar á prática o cenário desenvolvido no OPLAN 5029.

III - Mas Chuck Hagel também não consegue explicar as suas próprias palavras, quando no passado dia 4 de Abril afirmou: “We have security issues here that we have to protect, and commitments and our security interests. So, no, I don’t think we’re doing anything extraordinary or provocative or out of the—out of the orbit of what nations do to protect their own interests and assure, as the general said, especially not only to our South Korean ally, but to our other allies in that region, that we must make clear that these provocations by the North are taken by us very seriously and we’ll respond to that.” Esta afirmação do Secretário da Defesa dos USA é completamente irresponsável e falaciosa, para além de ser uma deturpação da realidade histórica.

A Guerra da Coreia nunca terminou. É o mais prolongado conflito externo em que os USA se envolveram. O Armistício foi assinado em 1953 (já lá vão 60 anos) e estipulava um prazo de 3 meses para que a Republica Democrática e Popular da Coreia, os USA e a Republica Popular da China (os três signatários do armistício) sentassem-se á mesa das negociações e trabalhassem um acordo de paz permanente. Isso nunca aconteceu, sendo um ponto essencial do acordo de cessar-fogo que nunca foi cumprido. A outra estipulação, ou recomendação, era que todas as forças estrangeiras deveriam retirar-se da Península da Coreia. Também isso nunca aconteceu. A China retirou as usas forças, quase imediatamente após a assinatura do armistício, mas os USA, 60 anos depois, mantêm na Península Coreana 28 mil e 500 militares e cerca de 40 bases.
 
A Guerra da Coreia foi uma guerra assimétrica, na qual os USA assumiram o comando do espaço aéreo e despejaram toneladas de bombas sobre os territórios da Coreia do Norte. Morreram cerca de 4 milhões de pessoas, grande maioria das quais, civis. Só a Coreia do Norte sofreu mais de três milhões e quinhentos mil mortos, dos quais 70% eram civis.

Quando os USA enviam, na actualidade, os bombardeiros B-2 e fazem jogos de guerra na península coreana, que envolvem cenários nucleares e simulações de ocupação, é evidente que isso perturba os norte-coreanos, que não esqueceram as vitimas provocadas pelos bombardeamentos norte-americanos na Guerra da Coreia e aos quais atribuem grande parte das suas dificuldades económicas, principalmente no sector agrícola, devido aos químicos utilizados nas bombas, como o agente laranja. Não é por acaso que Bruce Cummings, historiador e professor da Universidade de Chicago, designou, nos seus estudos sobre a Guerra da Coreia, os bombardeamentos norte-americanos de "bombing holocaust."
Segundo o general norte-americano Curtis Lemay, que participou na Guerra da Coreia, cerca de 20% da população coreana foi aniquilada, cinco milhões foram desalojados e originou cerca de dois milhões de refugiados. Os historiadores recordam as ordens do general McArthur aos pilotos dos bombardeiros norte-americanos, proibindo-os de regressarem das suas missões com bombas a bordo. Todas as construções com mais de um piso, na Coreia do Norte, foram convertidas em escombros e calcula-se que os USA lançaram mais bombas sobre a Republica Popular Democrática da Coreia do que sobre a Alemanha durante a II Guerra Mundial.

IV - O regime norte-coreano é um regime nacionalista, baseado no culto da personalidade, onde o cargo máximo da nação é assumido de forma hereditária, por uma família de Grandes Lideres, todos Queridos Lideres, sendo actualmente o Jovem Querido e Grande Líder Kim Jong-Un, sucessor do seu pai, Kim Jong-Il, que por sua vez sucedera ao seu pai (avô do actual Jovem Querido e Grande Líder)        Kim Il-Sung, Pai da nação.

Com uma base ideológica assente numa estranha mistura de marxismo-leninismo, ao mais puro estilo estalinista, fascismo (os grandes e carismáticos lideres, o ultra-nacionalismo e o estado permanente de mobilização) e uma filosofia tradicional da região, o Juche (que foi de imediato aproveitada como o ingrediente que dá mais sabor á sopa), a Coreia do Norte é um imenso gullag, um espaço concentracionário e unidimensional. Esse foi o preço pago pela luta anti-imperialista, que obrigou a esforços sobre-humanos e que calou a guerra de classes, afogando a soberania popular numa mordaça constituída em nome da soberania nacional.

O desmembramento da URSS e a restauração capitalista na China deixaram a Coreia do Norte isolada em termos políticos e económicos. Isto somado às inundações de 1995 e 1996 e á administração burocrática (que apresenta os habituais sintomas de corrupção) originaram a grave escassez de alimentos em 1997, originando a fome. Para além da grave crise alimentar, que ainda persiste, o país sofre de cortes eléctricos permanentes e graves problemas de abastecimento petrolífero.

Nos finais da década de 90 o país ensaia uma abertura aos mercados, ao estilo chinês. Com salários mensais médios de 60€, sem sindicatos nem direito á greve, o investimento estrangeiro directo foi autorizado em 1999. Instalaram-se empresas chinesas e as multinacionais sul-coreanas, para alem dos investimentos da FIAT, SIEMENS e outros da Rússia, Paquistão, Singapura e Tailândia, nos sectores mineiros, petrolíferos e transportes. A sul-coreana Hyundai iniciou um complexo industrial em Kaesong, uma Zona Especial, a 7 km da fronteira com a Coreia do Sul. Em Kaesong laboram cerca de 123 fábricas, que empregam 54 mil trabalhadores, na área do calçado, componentes electrónicos e relógios, com horários de 48 horas semanais.

O salário médio de um trabalhador especializado sul-coreano é de 2 mil euros, enquanto o norte-coreano, na mesma área de especialidade recebe um salário médio de 60 euros, reduzidos a 50 euros se for na Zona Especial de Kaesong. As empresas estrangeiras efectuam o pagamento ao Estado, que por sua vez paga ao trabalhador, em moeda nacional.  

V - Periodicamente os monopólios globais da comunicação social criam diabólicos personagens. Neste rol de maus da fita constam, entre muitos outros, os nomes de Fidel Castro, dos líderes norte-coreanos, de Hugo Chaves e mais recentemente de Evo Morales. Hollywood deu o mote, ao apresentar os norte-coreanos como tipos sinistros, maquiavélicos e cruéis. A comunicação social seguiu o rasto e Kim Il-Sung era um agente do comunismo internacional e um feroz e impiedoso ditador, o filho Kim Jong-Il foi um lunático corrupto e pelas imagens que temos do jovem Kim Jong-Un, sabemos que é um baixinho gorducho, que gosta de andar a cavalo, que usa dois caracóis de cabelo que lhes caem sobre a testa, que casou com uma actriz mais velha do que ele, que estudou na Suíça e que passa a vida a perturbar a paz no Pacifico.

Um facto é que para além desta falácia mediática, que visa deturpar a realidade, dos 195 Estados das Nações Unidas, 193 condenaram a Coreia do Norte, sendo as duas excepções Cuba e a Bielorrússia. Por sua vez o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade em Janeiro deste ano a resolução 2087, destinada a reforçar e a recrudescer o bloqueio económico á Coreia do Norte, bloqueio que já tem 60 anos.

Para a opinião pública a Coreia do Norte é um Estado de malfeitores, conforme pintam os cenários de Hollywood e os monopólios mediáticos, ideia que é depois reforçada perante estas unanimidades e grandes maiorias em torno da condenação do regime dos Grandes, Queridos e Amados Lideres. Falar de Pyongyang a alguém é o mesmo que falar das grandes estátuas dos líderes e dos retratos omnipresentes por toda a cidade. Falar da Coreia do Norte com os nossos amigos á mesa do café é o mesmo que falar de um filme da série do James Bond. Ou seja é uma realidade desconhecida e trabalhada, distorcida, pelo Ocidente, que durante seis décadas foi alterando a Historia á sua maneira.

VI - De 1910 a 1945 a Península Coreana foi ocupado pelo Japão e tornada colónia do Império Japonês. Durante este período as rebeliões foram duramente reprimidas. Em 1930 os japoneses criaram Esquadrões experimentais para experimentar armas biológicas, sendo os coreanos as cobaias. Destes Esquadrões o mais célebre e de triste memoria na região, foi o Esquadrão 731, conhecido pela sua crueldade e que foi acusado de ter superado os experimentos do nazi alemão Josef Mengele. Outra das barbaridades da ocupação japonesa foi o facto do exército imperial japonês ter ao seu serviço 200 mil mulheres, conhecidas como mulheres de prazer, coreanas forçadas á condição de objectos sexuais dos ocupantes.

Em 1945 a Península Coreana foi libertada, a norte pelos soviéticos e a sul pelos norte-americanos. Em 1948 foram convocadas eleições para a reunificação do país, que os norte-americanos decidiram suspender, ao serem confrontados com o facto de Kim Il-Sung, o líder do norte e secretário-geral do Partido do Trabalho da Coreia (designação que o Partido Comunista Coreano adoptou no norte, depois da fusão com outros partidos, no âmbito da Frente Única, mantendo no sul a designação de Partido Comunista da Coreia) ser o candidato com mais apoio por parte da população coreana. O cancelamento das eleições foi feito em nome da ameaça comunista e a divisão do país tornou-se permanente.  

VII - Estes factos históricos nunca são relatados nos órgãos de comunicação dos monopólios generalizados. A Historia recente da Coreia é sempre bem camuflada, senão mesmo ignorada. E o mesmo se passa com o presente. A Coreia do Norte é o único país do mundo que não tem o direito de lançar um satélite de observação para avaliar a extensão das suas áreas florestais e prognosticar a produção agrícola.

Imediatamente a seguir ao lançamento do seu satélite, a maioria dos Estados apoiaram, sem reflectirem e analisarem, a iniciativa dos USA de condenar este lançamento, como sendo uma prova irrefutável de um míssil balístico, apesar dos pareceres técnicos dos especialistas (caso do técnico aeroespacial alemão Marcus Schiller e do analista de segurança espacial Michel Elleman do International Institute for Strategic Studies) que declararam não ser comparável um lançamento de um satélite ao de um míssil balístico.
 
No mesmo dia a Índia fez testes de lançamento de um míssil balístico e algum tempo depois a Coreia do Sul lançou um míssil desta categoria, sem avisar ninguém, e nenhum Estado objectou. Quando a desinformação controlada substitui o conhecimento livre, fica estabelecido o reino da ignorância.

O representante da RPDC na ONU, So Se Pyong declarou: “Desde a fundação das Nações Unidas foram realizados no mundo cerca de dois mil testes nucleares, dos quais só três eram da RPDC. Foram lançados cerca de dois mil balísticos, dos quais apenas 4 eram da RPDC.”
 
Estas declarações do representante norte-coreano são interessantes e reveladoras da manipulação efectuada em torno desta questão. Apesar de ser membro da Agencia Internacional de Energia Atómica, desde 1984 e signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear, á Coreia do Norte não lhe é permitido o desenvolvimento dos seus projectos nucleares energéticos, nem usufruir do direito de utilização do espaço sideral.

VIII - A situação na Península Coreana agravou-se no passado mês de Março, quando os USA e a Coreia do Sul iniciaram as manobras militares Key Resolve, caracterizadas por uma exuberância de meios e de força, que levaram o regime norte-coreano (por pressão da difícil situação interna) a relembrar os acontecimentos de 1950, que deram origem á Guerra da Coreia. Os norte-coreanos deram ordem de alerta às forças armadas e chamaram os 4 milhões de reservistas. Ao observarem os B-52 e os B-2 a sobrevoarem a península a baixa altitude, anunciaram o estado de guerra com a Coreia do Sul, cancelando o armistício de 1953, que nunca fora cumprido, o que legalmente implica que a guerra prolongou-se de 1953 até hoje.

Os monopólios da comunicação social usaram esta declaração e lançaram uma campanha de histeria, acusando a RPDC de ser um potencial agressor e provocador. E a coisa continuaria incólume (e de certa forma continua) se a 3 de Abril Adam Entous e Julian Barnes, jornalistas do Wall Street Journal não tivessem revelado provas conclusivas de um plano da administração Obama, com o nome de código de The Palybook, cujo objectivo era o de aumentar a tensão na península coreana e fazer derrapar a economia norte-coreana, O plano é também um pretexto para demonstrar a necessidade de uma maior presença militar norte-americana na Ásia Oriental e no Pacifico, em geral.

O aumento da presença norte-americana no Pacifico começou a afirmar-se no segundo mandato de Obama com o plano Eixo Asiático, orientado no sentido de conter a China. O objectivo é similar ao da Guerra das Estrelas, no tempo de Reagan, que provocou danos na economia da URSS, devido aos gastos excessivos que obrigou os soviéticos a suportar, para manterem o equilíbrio tecnológico militar.

Os teóricos norte-americanos consideram que a China e a Rússia, após 2015, atingirão um potencial difícil de alcançar. Para que isso não aconteça este é o momento de agir, aproveitando as indecisões geoestratégicas e geoeconómicas (indecisões demonstradas na Líbia, na Síria e agora na Coreia). Para isso os USA devem aumentar a sua presença militar e económica na região do Pacifico. As 17 manobras militares que os USA realizaram na região no ano passado, perseguem este fim, assim como o Tratado Económico do Pacifico.                  
    
IX - Perdida na confusão do momento, pelo menos nas intenções, fica a questão da unificação da Coreia, uma questão complexa. Para os USA, a unificação terminaria com a razão principal da sua presença na península. Para a China e a Rússia, representaria a perda de um espaço de contenção, pois a Coreia do Norte tem uma larga faixa fronteiriça com a China e outra, de menor dimensão, com a Rússia. Portanto pela parte destes três países a reunificação da Coreia é algo que pode ser eternamente adiado, ou pelo menos, colocada na agenda dos assuntos pendentes a longo prazo.

Também para o regime norte-coreano a reunificação representaria o seu fim imediato. Embora os Grandes, Queridos e Amados Lideres, falem constantemente da reunificação, isso é mais um discurso para consumo interno, do que propriamente um objectivo pretendido. Os únicos que beneficiariam, efectivamente com a reunificação, seria a Coreia do Sul, ou melhor, a burguesia sul-coreana, que veria expandir os seus negócios pelo norte da península, aproveitando uma mão-de-obra barata e dócil, o que consistiria num factor de pressão sobre a mão-de-obra do sul, especializada, cara e organizada em fortes estruturas sindicais, que impõem negociações difíceis para as corporações sul-coreanas. Seria, portanto um processo muito similar ao da reunificação da Alemanha.

X - O único ponto de partida real para a paz na região é a aceitação do facto de que a Coreia do Norte é um membro do clube nuclear. E é por direito próprio. É uma questão de soberania. Hoje, ao contrário das décadas anteriores, onde o nuclear era um clube de cavalheiros ricos, onde de vez em quando eram admitidos gorilas que sabiam dizer YES, o nuclear tornou-se uma questão soberana, relacionada não apenas com a questão militar, mas com uma questão mais profunda: a soberania de recursos e o baixo custo energético, factores vitais para o desenvolvimento.

Só temem a proliferação nuclear, aqueles que pretendem manter o monopólio desse recurso e dessa tecnologia. Se a Agencia Atómica Internacional, não estiver sob o controlo dos cavalheiros ricos, a supervisão e o cumprimento dos tratados tornam-se eficazes e efectivos. É evidente que tem de existir um controlo efectivo e eficaz e que poderão ter de ser criados mecanismos mais descentralizados para aumentar a eficácia desse controlo, a nível nacional, regional, inter-regional e global. Enquanto as normas não forem aplicadas de forma igual para todos, terminando com o monopólio do nuclear, este será sempre incontrolável e de utilização suspeita.

XI  - É provável que Hollywood já tenha um argumento para mais um filme propagandístico encoberto, baseado nos acontecimentos actuais, nesta região. Talvez um argumento onde os norte-coreanos lancem um míssil, que quando vai no ar começa a rabear e retorna ao ponto de partida, destruindo Pyongyang. Os norte-americanos irão a correr ajudar o povo norte-coreano, vítima do acto impensado do seu cruel regime e os patrões dos conglomerados sul-coreanos apareçam a distribuir pão, água e outras doçarias pelas criancinhas de Pyongyang e o povo, vestido de T-shirts com a estátua da liberdade gravadas, saúde com bandeirinhas norte-americanas os soldados norte-americanos que deitam abaixo as enormes estátuas dos ex-Grandes, ex-Queridos e ex-Amados ex-Lideres.

É apenas, mais um american dream. Nada mais…(Se fizerem o filme lembrem-se dos direitos de autor, já que defendem tanto a propriedade intelectual).  

Fontes
Sorans, Miguel ¿Es posible una nueva guerra? http://www.rebelion.org
Goodman, Amy and Hong, Christine http://www.democracynow.org

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