Carlos Abreu -
Expresso
Paul Krugman
defende que a austeridade não tem qualquer impacto sobre os spreads pagos
por Portugal, pelo que a austeridade não tem razão de ser.
Os membros da troika são "sádicos" a quem foi dada
"licença para continuar a provocar dor". Palavras do Nobel da
Economia, Paul Krugman, que volta a criticar a austeridade imposta a países sob
resgate, como Portugal.
No seu blogue no "The New York Times" ,
Krugman justifica as críticas procurando demonstrar que, ao contrário do que
defende a troika (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo
Monetário Internacional), não são as medidas de austeridade que asseguram os
baixos spreads (margem de lucro) nos empréstimos concedidos a
Portugal.
Para Paul Krugman,
"os baixos spreads não têm qualquer relação com a
austeridade". E explica porquê: "A redução dos spreads, face à
Alemanha, pagos por cada país, são totalmente explicados pelo seu valor no pico
da crise. Não existe qualquer indício de que as políticas sejam
relevantes".
No entanto,
acrescenta Krugman, "a Comissão Europeia congratula-se pelos baixos spreads -
que são, afinal, a única boa notícia que têm para dar durante três anos de
austeridade - e defendem que iriam embora se aliviassem o sofrimento".
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