domingo, 7 de abril de 2013

NOVO PARLAMENTO ANGOLANO CRITICADO POR PASSIVIDADE




Arão Ndipa – Voz da América

Passados que estão quase seis da entrada em funcionamento do novo parlamento angolano, os deputados angolanos estão a ser criticados por falta de iniciativas e passividade.

As críticas aumentam devido às condições sociais de muitas camadas da população que continuam sem melhorar

O activista cívico Domingos José disse no entanto que o parlamento citou como um ponto positivo a aprovação de uma lei que regulamenta a contratação publica que regulamenta as relações do estado com outras entidades.

“Achei um papel positivo da Assembleia Nacional ao dar prioridade à relação entre o estado e outras entidades quer sejam públicos quer sejam privados,” disse Domingos José que sublinhou a importância de se regulamentar “sobretudo” a relação do estado “ com os entes públicos”.

Para José os deputados estão comprometidos com os seus partidos em detrimento da população que lhes confiou os mandatos.

Já o analista político Bernardino Neto disse que os parlamentares angolanos têm sido “passivos” em funções que considera básicas para os parlamentares.

Considerando as acções do parlamento dos últimos seis meses em termos de legislatura a Assembleia Nacional “ quase que nada produziu”.

Na questão da “fiscalização” do orçamento e outra legislação há “desequilíbrios”.

Nos últimos seis meses “ naquilo que se previa de um parlamento com arranjos novos, com uma nova acção e uma nova intervenção continuarmos a ver que a sua intervenção continua a ser passiva”, acrescentou.

Neto fez notar que 50% dos deputados “são elementos que já participaram do exercício público quer como governantes ou parlamentares” não mostrando iniciativa e mostrando sim “alguma acomodação”.

“Estão acomodados e á volta da sua perspectiva de acção a sua intervenção é pouco visível,” disse.

“O deputado deve ter uma intervenção para a vida dos cidadãos,” disse, acrescentando que pouca acção se vê dos deputados.

“É quase um papel passivo,” disse.

“Não faria mal nenhum se o parlamento trouxesse a público um programa de trabalho, um programa de actividade que pudesse indicar o que vai fazer neste período de cinco anos,” disse Neto para quem o que é preciso são deputados “com uma nova visão e com um pensamento inovador”.

Ouça as entrevistas - áudio: Parlamento angolano

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