Paulo Gaião –
Expresso, opinião
O WikiLeaks foi uma
torrente mas bem espremido não aqueceu nem arrefeceu o mundo. Já o Offshoreleaks
pode ser o vazamento do século mas parece fechado a sete chaves.
Passou quase um mês
desde que foi anunciado. Mas até agora pariu um rato.
Que nomes sonantes
apareceram? O tesoureiro de campanha de François Hollande, a mulher de um
governante russo, as filhas do presidente do Azerbaijão. OK. E onde estão os
outros 130 mil?
Por exemplo a nata
europeia. Políticos, banqueiros, gestores, homens de negócios e do jet jet da
pesada.
No que respeita a
Portugal, onde estão os nomes dos envolvidos?
É estranho que uma
investigação com dados que são 160 vezes superiores em gygabytes ao do
Wikileaks, abrangendo 120 mil contas secretas em mais de 170 países e
cerca de 130 mil indivíduos esteja neste impasse.
Tudo se deve à
complexidade da investigação, mais difícil que o Wikileaks?
Estão a surgir
entraves do mundo político e financeiro?
Qual foi a
estratégia do Consórcio Internacional de Jornalistas, abrangendo vários jornais
de topo no mundo, em lançar no início peixe mais miúdo (e mais óbvio) e agora
deixar o assunto em banho-maria?
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