sábado, 20 de abril de 2013

ONDE ESTÃO OS PORTUGUESES DO OFFSHORELEAKS?




Paulo Gaião – Expresso, opinião

O WikiLeaks foi uma torrente mas bem espremido não aqueceu nem arrefeceu o mundo. Já o Offshoreleaks pode ser o vazamento do século mas parece fechado a sete chaves.

Passou quase um mês desde que foi anunciado. Mas até agora pariu um rato.

Que nomes sonantes apareceram? O tesoureiro de campanha de François Hollande, a mulher de um governante russo, as filhas do presidente do Azerbaijão. OK. E onde estão os outros 130 mil?

Por exemplo a nata europeia. Políticos, banqueiros, gestores, homens de negócios e do jet jet da pesada.  

No que respeita a Portugal, onde estão os nomes dos envolvidos?

É estranho que uma investigação com dados que são 160 vezes superiores em gygabytes ao do Wikileaks, abrangendo 120 mil contas secretas em mais de 170 países e cerca de 130 mil indivíduos esteja neste impasse.

Tudo se deve à complexidade da investigação, mais difícil que o Wikileaks?

Estão a surgir entraves do mundo político e financeiro?

Qual foi a estratégia do Consórcio Internacional de Jornalistas, abrangendo vários jornais de topo no mundo, em lançar no início peixe mais miúdo (e mais óbvio) e agora deixar o assunto em banho-maria?
       

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