MMT – AYAC - LAS – JMR
- Lusa
Maputo, 18 abr
(Lusa) - A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), oposição, denunciou hoje
um incidente com o secretário-geral, Manuel Bissopo, e o chefe de Mobilização,
Armindo Milaco, ambos deputados, intercetados e retidos durante horas pela
polícia antimotim na Gorongosa, no centro de Moçambique.
O incidente ocorreu
ao princípio da tarde, quando a viatura dos dois deputados foi intercetada pela
Força de Intervenção Rápida (FIR), disse à Lusa Manuel Bissopo, falando por
telefone, da Gorongosa.
"Entendemos
que foi uma vingança e vamos responder na altura própria. Isso mina o
relacionamento entre a Renamo e o Governo", disse o secretário-geral do
principal partido da oposição em Moçambique, assinalando que essa "é a
polícia de sempre que persegue a Renamo".
Bissopo denunciou
que o comandante da FIR os ameaçou de morte e "disse mesmo aos agentes
para dispararem", o que não aconteceu.
Depois, segundo o
relato, os dois deputados foram levados ao comando da polícia na vila da
Gorongosa, onde permaneceram durante duas horas e, a seguir, foram mandados
embora, "sem que tivesse sido dada qualquer explicação".
Manuel Bissopo
adiantou que no processo a polícia os tentou algemar mas sem êxito, face à
oposição dos deputados. Acrescentou que ele e o chefe da Mobilização não foram
vítimas de violência física, mas "humilhados" pelos agentes.
Em contacto com a
Lusa, Joaquim Nido, comandante provincial da Polícia em Sofala, confirmou a
detenção mas sem adiantar pormenores.
"Confirmo que
foi detido hoje pela polícia por volta das 13 horas em Gorongosa o
secretário-geral da Renamo" disse à Lusa, remetendo para "mais
tarde" outras declarações.
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